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NOSSO GRITO AINDA É ARMA
Lucymar Soares (Cymar Gaivota)
Tem lágrimas em muitos olhos...
Quantas florestas
Ora viçosas
Ora enfumaçadas
Nossas plantas contrabandeadas
Nossos remédios nas químicas
Nossa morte articulada
O brilho dos diamantes
Encobertos nos bancos da Suíça
E nas grandes cidades
Camas nas calçadas
Sem cobertor...
Sempre houve o medo na noite
Sempre o terror da fome
Gritos surdos...
Na cidade piloto ouvidos tapados
Em vão multidões vão às ruas?
Choram a educação
Chora a criança no portão da escola
Choram aos montes
Quem não tem dinheiro para o pão
E muitos dos nossos jovens sem juventude
Eles matam seus sonhos
Nos picos de seringas sujas
Envoltos na depressão
Pela falta de sua “Mãe Gentil”
Que não reza
E nem lhe dar esperança
Estão vendendo tudo
- Queremos o nosso ouro
- Queremos nossa dignidade
Somos cidadãos democráticos?
No nosso Brasil há lugar para todos
Há terras
Que façam a partilha
Que abram os celeiros e distribuam os direitos
Que zelem pelas minhas senhoras nos asilos
Que dê educação à criança que perde a infância
Que permitam sonhos
Na cultura
Nos esportes
Na Educação
O pobre implora moradia fora das encostas
Em todas as classes desfavorecidas
Há um grito de desespero
- Criem empregos
- Socorram os doentes
Há morte nos corredores
Enquanto Brasília dorme em berço esplendido
Não se calem
Cuidado com os olhos
Mesmo que pareça em vão
Nosso grito ainda é arma
Enquanto temos voz
- Brasil
Tome vergonha na cara
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