Muito se fala sobre os efeitos que a gravidade da Lua exerce
sobre a Terra – principalmente em relação às marés, por exemplo. Mas você sabia
que o nosso planeta também influencia na constituição de nosso satélite?
E como lá não existe água, o que a Terra faz é alterar as
próprias planícies lunares, fazendo com que o astro diminua pouco a pouco. Mas
calma que ele não irá sumir algum dia. O que acontece é que o núcleo da Lua vem
sofrendo um arrefecimento gradual nos últimos milhares de anos. E conforme
o nosso satélite vai “esfriando”, a sua crosta vai se tornando um pouco mais
linear. Algo parecido com o que aconteceu em Mercúrio, em que escarpas se
estendem por mais de 10 quilômetros de comprimento e alguns poucos metros de
altura.
Mas e a Terra com isso?
O alinhamento dessas escarpas não deveria possuir um
“padrão”, por ser o resultado de um movimento que se origina no interior da
Lua. Entretanto, é exatamente isso que vem acontecendo: os pesquisadores
encontraram uma regularidade na formação dessas estruturas de falésias. Isso os
levou a concluir que algo externo ao satélite estaria influenciando a direção
que essas acomodações lunares ocorrem.
O líder dessa pesquisa, o cientista Thomas Watters, do Museu do Ar e do Espaço,
de Washington (EUA), concluiu que a atração gravitacional da Terra é que está
fazendo com que as falésias lunares tenham uma direção específica. Ou seja:
assim como a atração gravitacional da Lua influencia nossas marés, a da Terra
interfere no relevo lunar.
Os cientistas acreditam que terremotos lunares formam essas
escarpas, principalmente quando o satélite está mais afastado da Terra. Nesse
momento, a força gravitacional está com maior intensidade, podendo interferir
no relevo lunar. Porém, mais estudos ainda precisam ser feitos para chegar a
alguma conclusão sobre esses supostos terremotos.
E se você gosta da Lua, fique atento: no próximo dia 27, o único eclipse lunar do ano será visto no Brasil e você
poderá acompanhar tudinho aqui no Mega Curioso.
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