Você não acha que o Dia Nacional de Combate ao Colesterol
(dia 8 de agosto) é uma boa data para uma reflexão do tipo: Há quanto tempo eu
não cuido do meu colesterol? Se estiver convencido disso, acompanhe a
reportagem a seguir sobre a influência do colesterol na vida de quem tem
diabetes.
No que o Colesterol Pode Atrapalhar?
“As pessoas que tem diabetes – principalmente o tipo 2 – são
mais propensas a terem os seus níveis de colesterol aumentados”. A afirmativa
acima é da nutricionista Dra. Celeste Elvira Viggiano, membro do departamento
de Nutrição e Metabologia da SBD – gestão 2006/ 2007, que complementa que as
recomendações básicas para o controle do diabetes atingem também as de controle
do colesterol.
“O exercício e a dieta adequada são as formas básicas para a
prevenção e o tratamento dos níveis aumentados de colesterol. Ambos controlam
os níveis de colesterol ruim (LDL) e aumentam o colesterol bom (HDL)”, afirma a
especialista, membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD, gestão
2006/2007.
Prevenção e Controle – É Possível
Uma das dúvidas que giram em torno de como tratar de forma
eficiente o colesterol diz respeito ao intervalo de realização de exames. “Se a
pessoa não tem fatores de risco – como ser obeso, ter história pessoal ou
familiar de infarto ou derrame, estar na meia-idade ou ter diabetes – é
recomendável que sejam repetidos anualmente. Já se tem fator de risco,
semestralmente. Mas se no último exame as taxas eram altas, deve repetir após
45 a 60 dias do início do tratamento”, ensina a nutricionista.
Sobre cuidados para grupos específicos, a Dra. Celeste
destaca a atenção que os adultos devem ter, por estarem mais sujeitos ao
aumento dos níveis de colesterol do que as crianças e adolescentes.
“Infelizmente, devido ao atual estilo de vida, também crianças pequenas e adolescentes
estão expostos a ter colesterol alto. As mulheres estão mais propensas à alta
após a menopausa. Porém, não há particularidades na alimentação de cada fase”,
afirma.
O Papel de Destaque da Alimentação
A alimentação específica para o controle dos níveis de
colesterol, para quem possui diabetes ou não, não tem diferença. De acordo com
a Dra. Celeste, é importante lembrar que a alimentação também é uma forma de
prevenir e que o consumo dos alimentos certos garante a saúde e previne
diversas doenças.
A indicação da doutora é que se evite os alimentos ricos em
colesterol, como fígado e miolo de boi e aves, camarão, gema de ovo, creme de
leite e manteiga. A nutricionista destaca a preocupação com a ingestão de
gorduras sólidas em temperatura ambiente, ricas em gorduras saturadas e/ou
trans – como a banha, toucinho, bacon, pele de aves e de peixes, gordura
aparente de carnes, queijos gordos, leite integral, gordura vegetal hidrogenada
e os produtos preparados com ela.
Especificamente sobre as gorduras trans, a Dra. Celeste
Viggiano afirma que é muito utilizada na indústria alimentícia para a
fabricação de biscoitos doces e salgados, torrada, pães de forma, croissants,
amanteigados, salgadinhos de pacote (chips), misturas para bolo, sopas e
caldos, sorvetes, doces e muitos outros produtos.
“Estima-se que hoje há um maior consumo de gordura em
decorrência do largo uso da gordura trans, que colabora mais para o infarto do
que a gordura saturada, por que aumenta o colesterol ruim e diminui o
colesterol bom”, ressalta a especialista.
Afinal, o que é o Colesterol?
O colesterol é uma substância do grupo das gorduras,
produzida no fígado de vários animais, entre eles, o homem. Ele é parte do
sistema nervoso, pró-vitamina D e parte da composição da bile, contribuindo
para a digestão das gorduras.
Sobre a existência de mais de um tipo de colesterol, a
especialista esclarece: “Existe apenas um tipo, o que ocorre é que o colesterol
se liga a proteínas formando as lipoproteínas, e estas se dividem em três tipos
formando o HDL; LDL e VLDL”. Segundo a nutricionista, a alta dos níveis de
colesterol, associada a outros fatores, possibilita a ocorrência do infarto e
de acidentes vasculares, mais conhecidos como derrames.
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