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Segundo o pesquisar, essa habilidade provavelmente surgiu para ajudar os animais a se manterem em um grupo no amplo habitat submarino |
Os cientistas encontraram novas evidências de
que os golfinhos se chamam por seu "nome", segundo a pesquisa de uma
equipe da Universidade de Saint Andrews, na Escócia, informa
nesta terça-feira (23) à "BBC".
Os mamíferos marinhos usam um assobio único
para se identificar entre si e respondem quando escutam esse som determinado,
segundo o estudo, publicado na revista especializada "Proceedings of the
National Academy of Sciences" (PNAS).
Os golfinhos "vivem em um entorno em
três dimensões em alto-mar, sem nenhum tipo de pontos de referência e precisam
permanecer juntos como grupo", segundo o doutor Vincent Janik, da
Unidade de Pesquisa de Mamíferos Marítimos da Universidade escocesa.
"Estes animais vivem em um entorno no
qual necessitam um sistema muito eficaz para manter-se em contato",
explicou.
Pesquisas anteriores haviam descoberto que os
golfinhos utilizam assobios concretos e que os membros dos mesmos grupos são
capazes de aprender e copiar sons incomuns, embora esta seja a primeira vez que
se estudou sua resposta diante do seu "nome", segundo a
"BBC".
Para realizar a pesquisa, os cientistas
utilizaram um grupo de golfinhos nariz de garrafa e gravaram o som que
identificava cada de um deles antes de colocar alto-falantes sob a água para
que os animais os escutassem.
"Utilizamos assobios usados como nome
entre animais do grupo, assim como outros assobios também deles, além de outros
assobios-nome de animais que nunca tinham ouvido antes", explicou o doutor
Janik.
Os cetáceos só responderam ao seu assobio,
repetindo-o, o que de acordo com os pesquisadores representa a mesma atitude
dos humanos: quando ouvem seus nomes, eles respondem.
Segundo Janik, essa habilidade provavelmente
surgiu para ajudar os animais a se manterem em um grupo no amplo habitat
submarino.
"A maioria das vezes não podem se ver na
água não conseguem usar o olfato, que é um sentido muito importante para o
reconhecimento dos mamíferos, e além disso não permanecem em um só lugar, por
isso não têm ninhos ou tocas para onde voltar", explicou.
Os pesquisadores acham que é a primeira vez
que puderam constatar algo assim em um animal, embora haja estudos que sugerem
que algumas espécies de papagaios podem usar sons para nomear outros em seu
grupo.
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