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sexta-feira, 26 de julho de 2013

DE JOÃO BOSCO - VAIDADE

João Bosco 

VAIDADE  


Vaidade, triste rabicho
De ilusão. Tudo besteira.
Montão podre de capricho.
Muito lixo de primeira.

É excesso de bobagem
A vaidade; só capricho.
Mas pode ser sacanagem
Ou triste montão de lixo.

Sei que entre vício e a vaidade
Não se sabe o mais ruim:
Se um é pura atrocidade.
A outra apressa nosso fim.

Vaidades são loucos jogos...
Tristes sombras teatrais.
São todos séries de engodos;
De fachadas sepulcrais.

Desmantelo foi pro mundo ...
E a vaidade logo atrás.
Desmantelo, um vagabundo;
Vaidade, que satanás!

A vaidade é tão sozinha. ...
Vive só sem companheiro
Vive sempre tão soltinha,
Desgraçando o mundo inteiro.

A vaidade traz consigo
Os vícios de todo mundo.
Nunca conquistará abrigo.
Em seu universo iracundo.

A vaidade abrilhanta.
Tanta gente neste mundo.
Mas sempre será pilantra;
Um triste inferno sem fundo

A vaidade é tão pilantra ...
E bem pior que energúmeno.
E nunca, nunca ela canta
A verdade de seu mundo.

A vaidade é doida sombra.
Nunca teve companheiro.
Mas como praga que assombra
Inferniza o mundo inteiro.

Muito louca é a vaidade
Que nunca guarda um vintém.
Vive só de falsidade
E de mentir muito bem.

Foi tão cruel a vaidade
Que você bem cultivou
Que, como fatalidade,
Seu mundo desmoronou.

A vaidade é um parto
De vício e desperdício.
Um SÍSIFO cansado e farto
Que nos leva ao precipício.

Muito triste é a vaidade
Que nunca guarda um vintém.
Vive a fazer tempestade
E sempre iludindo alguém.

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