Saudades
de minha avó
Lucymar Soares ( Cymar Soares)
A avó é a vozinha
No amor e no carinho
É a mãe do neto
Abastecida de amor
Cresce mimado
Tão sensível
Mas o mundo é mau
E a avó caduca
Ou doente
Muitas vezes jaz...
Fica o neto frágil
Se perde no tempo
Ninguém o ama tanto
Ninguém sabe lhe dar afago
Deprimidos
Quantos netos
Vivem de recordações
Na sua fragilidade
Pensa que o amor
É só o tudo
Que a avó o deixou
Quando nas noites o
beijava...
No lençol de retalhos
A alfazema preparando...
No mesmo espaço
Na mesma cama
Era um mundo
Num quarto
Cresce menino dengado
Perdido procura a avó
Cresceu demais
Não o alcançou
Seus ossos tão fracos
Tão fraco deixou o neto
Mimado
Poeta
Grato
Lamentável desencanto
No desencontro
Nenhum abraço
Etelvina Pomponet, ( minha vó paterna) , hoje temos em registro nossa árvore genecológica graças ao brilhante trabalho de pesquisa do escritor e pesquisador José Ricardo.
Vejam aqui:
Meu pai ( "in memoriam") |
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