Rodrigo Chetto
Nós pensamos
engraçado, queremos todas as mudanças possíveis na política, mas poucos são
aqueles que têm coragem de se colocar à disposição para realmente ajudar. Como
podemos mudar os caminhos tortuosos do jeito de se fazer a política no Brasil
se não exercendo-a? Mas não, "Eu me misturar com isso ai? De jeito
nenhum, pois quem com porcos se mistura farelos come. Mas quero mudanças já
!!!”. A política é tratada como um vírus que precisa ser exterminado. Já
percebeu que quem rouba, engana, mata, apavora normalmente é o "POLÍTICO”?
(Se referindo a palavra em si). Raramente damos nome aos bois (coitado dos
bois), reforçando a imagem de política=sujeira e político=ladrão, retirando a
responsabilidade de nós que somos os verdadeiros culpados e ainda afastando
possíveis bem feitores desse meio "inescrupuloso" (SIM, EXISTEM
POLÍTICOS HONESTOS).
A política
é inerente aos seres humanos, mas o jeito de conduzi-la que é de poder
individual e aí sim podemos taxar na maioria das vezes como sujo. Fazer
política é além de ir as ruas. Faz parte do processo de mudança? Sim. É
necessário? Sim. Mas não é tudo. Necessitamos ir mais longe e outra, até para
ir as ruas não estamos sendo eficientes.
Precisamos primeiramente aprender a
gritar e não grunhir. O grito afronta, traz realmente os pontos cruciais
do problema (não necessariamente em voz alta) e não possibilita defesa pois o
problema é real e pontual. O grunhido apenas concorda com o senso comum,
apresenta pautas superficiais, que todos nós sabemos que está certo ou errado,
mas não sabemos o porquê, o que e onde (normalmente em voz alta, capslook...) e
por tratar de temas abrangentes existem fatos que comprovem o contrário e
servem como defesa. É fácil perceber isso, se pergunte sobre os temas sempre
debatidos: Educação, Escola, Alimentação, Moradia, Saúde e Segurança, por
exemplo. Todos estão ruins, mas por quê? O que está ruim dentro desses temas?
Onde está ruim? Leve para a prática, cite as fontes, pois a máxima aí funciona
"contra fatos não há argumentos", A escola "X" está
defasada de Z e Y, o posto de saúde "E" sofre com tal e tal problema.
Grunhir é muito fácil e normalmente muito exposto à manipulação, pois os
objetivos não estão definidos, não existe embasamento prático. Ou seja, todas as
informações a favor normalmente são absorvidas como verdade.
Para existir um
movimento eficiente precisamos explicitamente começarmos pela mudança
individual, pois a corrupção é maior do que o âmbito político, é social. Desde
uma fila furada, uma propina para o guardinha, que para nós é besteira e até
damos um apelido carinhoso e muito conhecido o nosso famoso “jeitinho
brasileiro”. E claro nos informar, conhecer os nossos problemas. Nossos,
sim! Não é problema do governo. Aliás, o que é o governo a não ser nós
mesmos? Citamos o governo como um ser à parte da sociedade, mas esquecemos que
somos nós votando em outros de nós dispostos a nos representar através de seus
valores e concepções.
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