O órgão pertenceu a um adulto portador
da Lisencefalia, condição que faz o cérebro não apresentar as saliências e
ranhuras características
À primeira vista, a imagem acima
lembra bastante o blobfish, o peixe considerado o animal mais feio do mundo.
Mas não se assuste com a revelação. Na realidade, a imagem ilustra o cérebro
mais estranho já encontrado pela Ciência.
O órgão em questão, que não apresenta as
rugosidades características do cérebro, pertenceu a um adulto que morreu em
1970 e residiu próximo ao que é hoje o North Texas State Hospital, um centro
de saúde mental. Estas informações, contudo, são tudo o que os cientistas
sabem até agora.
O recipiente que contém o cérebro possui
apenas um número de referência, mas o microfilme que possuía os registros do
paciente está perdido. Isso impede os cientistas de supor qualquer aspecto da
vida do ex-dono do órgão, o que poderia ser possível com os documentos
perdidos.
A etiqueta do recipiente também informa
que o paciente era portador da Lisencefalia, palavra que literalmente significa
“cérebro liso”. Trata-se de uma formação rara caracterizada pela microcefalia
(tamanho do cérebro reduzido) e ausência de circunvoluções. A condição
geralmente leva à morte antes dos 10 anos de idade.
O que a Ciência diz?
O Professor David Dexter, do Imperial College
London, disse nunca ter visto algo assim antes. De acordo com ele,
“nós já recebemos exemplares onde certos sulcos estão faltando, mas nada
comparado a este cérebro”. Dexter afirma que não é uma surpresa a pessoa ter
sobrevivido até a idade adulta, principalmente considerando a capacidade
adaptativa do cérebro, porém, ele imagina que o indivíduo tenha sofrido com
defeitos psicológicos graves.
Cientistas têm estudado a estrutura
desse cérebro para aprender mais sobre ele. Apesar de os
esforços poderem resultar em mais aprendizado sobre o órgão em si, a identidade
e os detalhes da vida da pessoa que possuía este extraordinário cérebro parecem
ter sido perdidos para sempre.
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