09 de Agosto de 2014
Há oito anos, um
documentário exibido na BBC revelou ao mundo uma família residente na Turquia,
cujos integrantes eram quadrúpedes. Naturalmente, a investigação focou no
estudo da evolução humana e quais seriam as causas envolvidas naquele aparente
caso de informação genética equivocada.
Depois de anos de
pesquisas, um estudo da equipe da professora Liza Shapiro, da Universidade do
Texas, em Austin, afirmou que o caso desse grupo de pessoas não representa uma
conexão com nossos ancestrais primatas, e sim uma doença conhecida como
Síndrome de Uner Tan (UTS), caracterizada por hipoplasia cerebral, perda de
coordenação e equilíbrio e deterioração das habilidades cognitivas, levando
seus portadores a se locomover apenas com apoio das mãos e dos pés.
O estudo, publicado na
revista Plos One, investigou 518 aspectos envolvidos na locomoção de pessoas
portadoras de UTS, comparando em seguida com os de adultos sadios, que se
locomoveram apoiados nos pés e nas mãos, a pedido dos cientistas. A conclusão é
que o clã turco não repete os movimentos diagonais característicos dos primatas
não humanos, como macacos e símios, eliminando a hipótese levantada pelo
próprio Uner Tan, segundo a qual os portadores dessa síndrome são um modelo de
evolução inversa ou involução, o que traria uma série de novas interpretações
antropológicas da nossa espécie.
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