Domingo no Forte
da Capoeira, Barbalho - Cuíca de Santo Amaro
Na Cidade da Bahia
de Todos os Santos dos anos 40 e 50 Cuíca de Santo Amaro atenta contra o pudor
e brada contra a hipocrisia, revela em praça pública segredos de alcova e
trapaças de ricos marreteiros. É o cronista social. Nada lhe escapa: o custo de
vida, os crimes mais comoventes, manobras dos líderes da II Guerra
Mundial.
Suas
histórias não raro obscenas vendem como caninha nas feiras de Salvador e do
Recôncavo da Bahia. Transformado em personagem dos escritores Dias Gomes e
Jorge Amado e de filmes de Roberto Pires e Anselmo Duarte, Cuíca deixa atrás de
si um rastro de polêmica.
“Comigo
não tem bronca”, garantia. É a versão popular do boca de brasa, o Gregório de
Mattos sem gramática. Herói e anti-herói. Trovador reporter. O maior
comunicador que a Bahia já teve. É um performer antes de Salvador virar
metrópole.
A exibição faz parte da programação do Bahia Afro Film
Festival, festival de cinema afro, que acontece em Salvador, até o dia 21 de
novembro. Os diretores estarão presentes para conversa com o público, após a
sessão.
Fontes:
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