REFLEXÃO DA GAIVOTA

POBRES POLÍTICOS PODRES

Lucymar Soares

O discurso do “eu prometo”, além de ter se tornado leviano revela a demagogia hipócrita dos candidatos políticos mercenários. 

Pobres de bens materiais e pobres de ganância. São na verdade ladrões disfarçados de homens públicos que pregam desenvolvimento social, inclusão e políticas públicas.

Os textos são produzidos na linguagem das necessidades do pobre, do sonhador e dos menos cultos. Enquanto negociações rompem as madrugadas em prol dos 10% dos que possuem 50% das riquezas neste país.

O pobre faz aliança com a esperança e os ricos avarentos gargalham conscientes da facilidade que a corrupção proporciona aos que sonham com a verba fácil. Tudo é manipulável. E o que nasceu para ser democracia nada mais é que um velho discurso fabricado.

 A corrupção é maligna. Ceifa vidas. Aprisionam sonhos. Chantageia parceiros. Dá ao poder e ao dinheiro justificativas para os meios. Podem ser comparados a qualquer delinqüente da sociedade. São ambiciosos, porém preguiçosos. Detestam a dignidade e não sabem o que é cidadania. Envolvidos numa capa de solidários patrocinam fraternidade e doam filantropia.

 Esses elementos são cumprimentados e abraçados, aplaudidos e eleitos. São verdadeiros monstros de tamanha periculosidade inimaginável por cidadãos de bem que acreditam em homens públicos comprometidos com a sua pátria.

São realmente pobres seres humanos. São políticos corruptos. São insignificantes criaturas que vagueiam neste mundo tomado pela loucura do acúmulo de bens e a concentração de poder. São insanos. Restando a nós apenas fingir que eles não existem. Aplaudi-los pelos atos de caridade, fazendo de conta que suas obras públicas e sociais são conseqüências do trabalho de um político decente e comprometido com sua pátria.

E o velho ditado “rouba, mas trabalha” é o consolo, já que as CPIs acabam em pizza.