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Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock
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Trata-se de uma espécie de segundo
código oculto, que contém informações que podem mudar a percepção dos
estudiosos sobre doenças degenerativas e outras mutações
Quanto mais a ciência avança, maior
a precisão dos detalhes em descobertas que já foram feitas. A última novidade
no mundo dos estudos biotecnológicos aponta que os cientistas conseguiram
descobrir um segundo código praticamente implícito dentro dos filamentos de DNA
(a inscrição que define as características de cada ser humano).
Essa nova informação pode mudar a
maneira com a qual os estudiosos encaram as instruções contidas no código
genético e como eles interpretam atualmente as mutações gênicas, que norteiam o
senso de doenças e de organismos saudáveis.
A descoberta foi feita por uma
equipe de pesquisadores liderada pelo Doutor John Stamatoyannopoulos, um
renomado estudioso do genoma humano e ciências médicas da Universidade de
Washington (EUA). E, mais do que rapidamente, os resultados foram publicados na
edição de 13 de dezembro deste ano da revista Science, o que deve garantir uma
visibilidade maior ao trabalho.
Códigos, genes e novas
possibilidades
Fonte da imagem: Reprodução/WashingtonEdu
Essa descoberta é parte de um
projeto chamado Encyclopedia of DNA Elements (“Enciclopédia dos Elementos do
DNA”, em livre tradução), que também é conhecido como ENCODE. Esse trabalho
visa descobrir onde e como as disposições das funções biológicas ficam
armazenadas dentro do genoma humano.
Desde que o código foi descoberto (e
decifrado) pela primeira vez em 1960, os cientistas sempre acreditaram que ele
era usado exclusivamente para armazenar informações sobre proteínas. Assim, os
estudiosos da Universidade de Washington ficaram atônitos ao descobrir que o
genoma utiliza o código genético para registrar informações “em duas formas de
escrita diferentes”.
A primeira delas realmente descreve
como as proteínas devem ser feitas, enquanto a outra traz instruções sobre como
as células devem controlar os genes. E uma dessas linguagens fica escrita de
maneira sobreposta à outra, o que explica o porquê dessa novidade ter
permanecido oculta aos olhos da ciência até os dias de hoje.
O que muda com isso?
“Por mais de 40 anos nós assumimos
que as mudanças do DNA afetavam o cógido genético somente na forma como
proteínas devem ser produzidas pelo corpo”, diz o Dr. Stamatoyannopoulos. Ele
continua: “Agora nós já sabemos que essa interpretação do genoma humano estava
deixando de lado quase metade dos dados. Essas novas descobertas confirmam a
teoria de que o DNA é uma fonte extremamente poderosa de armazenamento de
informações, que foi explorada profundamente pela natureza das maneiras mais
inesperadas”.
Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock
Até então, o código genético utiliza
um alfabeto de 64 representações (ou letras) que são chamados códons.
Entretanto, os pesquisadores descobriram que alguns desses códons, que eles
chamaram de duons, podem ter dois significados diferentes. O primeiro deles diz
respeito às sequências de proteínas, enquanto o segundo está ligado ao controle
de genes.
Essa descoberta pode abrir portas
enormes no diagnóstico e tratamento de vários tipos de doenças, incluindo
diabetes, disfunções do sistema digestório e outras síndromes crônicas. Vamos
torcer para que essas implicações sejam aplicadas o quanto antes, para que
vidas possam ser salvas.
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Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock
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