Fonte da imagem: ZJ Mineração |
Alto consumo do material aliado à
reciclagem cada vez menor de aparelhos com o valioso componente geram previsões
alarmantes
Que o ouro é um material raro
ninguém duvida. Presente em apenas 0,005 partes de milhão na crosta terrestre,
o componente é um dos mais raros que existem. Tanto que, se juntássemos todo o
outro minerado na história, teríamos um cubo de pouco menos de 20 metros de
lado.
Para piorar, o ouro está entre os
mais importantes na fabricação de aparelhos eletrônicos – pois é, aquelas
conexões douradas no seu PC não são todas uma questão estética. Com isso, pense
que, de acordo com um relatório do The Wall Street Journal, estamos a apenas duas décadas de
distância até que todas as fontes desse valioso material desapareçam da
superfície.
“E é por isso que você deve reciclar
seus eletrônicos”
Ok, o ouro sempre foi um material
escasso durante nossa história. Mas por que devemos nos preocupar com isso
agora? O motivo é simples: antes, cada pedacinho do material era reaproveitado.
Uma taça de ouro do período romano, por exemplo, pode ter sido “transformada”
no adorno de uma espada séculos depois, sendo tempos depois derretido em uma
barra de ouro, para então virar um valioso pingente.
Agora, vamos lembrar que o ouro
atualmente é usado em quase todos os eletrônicos fabricados. Sim, a quantidade
é pequena, normalmente não maior do que algumas lascas daquele enorme cubo para
um smartphone. Mas é justamente por estarmos falando de uma quantidade tão
minúscula que empresas, e principalmente os próprios consumidores, não se dão
ao trabalho de reciclar seus dispositivos.
Pior para o seu bolso
Como se isso não fosse suficiente,
há também o fato de que encontrar novas fontes de ouro está se tornando uma
tarefa absurdamente dispendiosa. Em comparação a antes, quando as minas estavam
praticamente no topo da superfície, as que restam são de difícil acesso.
Algumas minas, por exemplo, ficam em
profundidades muito maiores, como no caso dos mineradores que mandaram mais de
100 toneladas métricas de rocha pelos ares para chegar a apenas 28 g do
componente. Outras estão em territórios árticos, que obviamente são
ridiculamente difíceis de serem mineradas.
Se você acha que estamos exagerando,
basta citar o relatório da SNL Metals Economics Group, que mostra o número de
fontes encontradas pelos anos: em 1995, tivemos 22 depósitos, com pelo menos 56
toneladas de ouro, encontrados; em 2010, foram seis depósitos; em 2011, apenas
um depósito; em 2012, nenhum foi descoberto.
E no que você acha que isso vai
resultar? Quem disse “aparelhos eletrônicos mais caros” acertou. Então é melhor
torcermos que o público passe a reciclar seus dispositivos ou que, em um futuro
próximo, um melhor substituto do ouro seja encontrado. Porque, do jeito que a
situação está, podemos esperar um futuro nada bom para a tecnologia.
Via Tecmundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe, opine, colabore, construa. Faça parte desse "universo".