Descoberta foi realizada por
pesquisadores da Universidade de Stanford
Uma nova descoberta pode ajudar
bastante os homens que sofrem de infertilidade a conseguirem se tornar pais um
dia. A novidade vem dos Estados Unidos, onde pesquisadores da Universidade de
Stanford transformaram o tecido da pele de homens inférteis em espermatozoides
em estágio inicial.
O estudo inovador aumenta as
esperanças de novas terapias para a doença que acomete milhares de homens do
mundo que desejam ter uma família. O sucesso inesperado do procedimento
surpreendeu alguns cientistas, porque se pensava ser impossível para esses
pacientes a produção dessas células.
Problema para os casais
Os homens que participaram do estudo
tinham grandes defeitos genéticos em seus cromossomos sexuais Y, o que
significava que não eles podiam produzir espermatozoides adultos e saudáveis
por conta própria.
Cerca de 1% dos homens é incapaz de
produzir espermatozoides — uma condição conhecida como azoospermia, em que
nenhuma célula reprodutora masculina é encontrada no sêmen —, enquanto um
quinto deles tem baixa contagem de espermatozoides. A infertilidade masculina é
um problema para cerca de metade dos casais que procuram tratamento de
fertilização in vitro.
Processo de pesquisa
Nesse último estudo, os
pesquisadores pegaram células da pele de três homens inférteis e as converteram
em células-tronco, que podem crescer em quase qualquer tecido do corpo. Quando
estas células foram transplantadas para os testículos de ratos, eles
desenvolveram espermatozoides humanos em estágio inicial.
"O que descobrimos foi que as
células de homens que não possuem espermatozoides foram capazes de produzir os
precursores dos espermatozoides no momento da observação clínica", disse
Cyril Ramathal, da Universidade de Stanford.
Apesar de já ser um grande passo, a
pesquisa ainda está no início, mas os cientistas suspeitam que as células (da
pele convertidas) poderiam ter se tornado espermatozoides maduros se tivessem
sido transplantadas para testículos dos homens inférteis. Provavelmente, isso
fará parte da segunda fase de experimentos.
Se a continuidade do estudo
confirmar a suspeita, poderá ser possível restaurar a fertilidade masculina,
pegando as células da pele dos homens, transformando-as em células-tronco e
depois injetando em seus testículos. O mesmo processo poderá ser feito em
homens que ficam inférteis após passar por tratamento para o câncer com
quimioterapia.
"Converter de forma eficiente
as células da pele em espermatozoides poderá permitir que este grupo de homens
se torne pais biológicos", disse Michael Eisenberg, diretor de cirurgia de
reprodução masculina em Stanford, que não esteve envolvido no estudo. "A
infertilidade é uma das complicações mais comuns e devastadoras resultantes de
tratamentos de câncer", completou o pesquisador.
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