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domingo, 28 de abril de 2013

AUTOR RAIMUNDO CARRERO CRIA ROMANCE EM REAÇÃO A AVC



"Tangolomango", o novo romance do pernambucano Raimundo Carrero, tem só 128 páginas, mas cada uma delas exigiu um esforço, físico e emocional, sem precedentes nos quase 40 anos de carreira do escritor.


"Tangolomango" narra um dia na vida de Guilhermina, mas não um dia qualquer. Estamos no Carnaval recifense e a mulher madura e solteirona vai para os blocos de rua em busca da liberdade que reprimiu por toda a vida.

"Por não ter mais nada para fazer, me dediquei totalmente ao livro. É meu grande romance. Além disso, há a minha Guilhermina...", conta, quase num suspiro.

Tangolomango, explica ele, expressa uma ideia de festa, confusão, morte, delírio. Bem poderia ser o título de qualquer outro dos mais de dez romances que já publicou. Todos eles são povoados por loucos, vagabundos, bêbados, incestuosos, prostitutas e assassinos. "Sou excessivo. Minha obra é sem dúvida o meu retrato", assume.

Carrero costuma dizer que regou o próprio AVC. Por anos sua explosiva rotina misturava noites em claro em bares e cabarés, poucas horas de sono e comida em excesso. Tudo regado com ao menos um litro diário de uísque ou cachaça.
Por contraditório que possa parecer, o vício pela farra só é comparável a outro, o pela religião. É assim que enxerga um sentido para sua provação. "Deus quis me ensinar a viver, me dar um freio. Agradeço a Ele todo dia. O AVC foi um prêmio."

Mudanças em seu comportamento nesses últimos dois anos, segundo amigos e parentes, foram nítidas. Marilena, sua mulher, "diz que ele está mais lúcido, mais centrado e mais afetuoso".

O escritor Ariano Suassuna, a quem Carrero chama de mestre, saúda o novo livro como uma obra de grande importância. "Ele venceu qualquer falha que o AVC tivesse causado na mente e no corpo dele, e reaparece no 'Tangolomango' aquele mesmo escritor de raça, capaz do sonho, capaz de recriar o real", comentou, por escritor.

O "novo" Carrero só quer tranquilidade. Lamenta apenas não poder beber. "Mas não vou me angustiar não. Quero é escrever, me curar e ser feliz." Como a musa Guilhermina, está se guardando para quando o Carnaval chegar. 





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