No dia Dois de Julho, a Bahia celebra
sua maior data cívica, que foi marcada pela luta em prol da Independência do
Brasil. A Secretaria Estadual de Cultura/SecultBA, por meio de suas unidades,
organizou uma série de ações para celebrar a data. Além da Fundação Pedro
Calmon/SecultBA, a Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura
(Sedecult), o Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia (IPAC),
a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e o Centro de Culturas
Populares Identitárias (CCPI) desenvolverão atividades em homenagem ao marco
cívico.
Desfile: No dia 02 de julho, o tradicional desfile de filarmônicas e grupos
de cultura popular tem início previsto para as 8h, saindo da Lapinha, em
direção ao Campo Grande. Serão 13 filarmônicas dos diversos territórios de
identidade da Bahia e mais cinco grupos de tradições populares do Recôncavo
Baiano participam do desfile com apoio da Funceb. Durante o cortejo o maestro
Reginaldo de Xangô, que morreu em 03 de junho de 2013, será homenageado por
conta do seu incentivo às manifestações populares da Bahia. No mesmo dia, à
tarde, haverá uma saudação ao Caboclo e à Cabocla na Biblioteca Anísio Teixeira
(Ladeira de São Bento). O projeto Esperando o Caboclo, coordenado pelo Centro
de Culturas Populares Identitárias, recepcionará o cortejo no Largo do
Pelourinho, com clarins na Casa 12 e apresentação do IPACORAL, na Casa 10. Uma
extensa programação musical está programada nos largos do Pelourinho, das 14h
às 20h.
A tradição dos baianos de decorarem
suas casas para celebrar a passagem do cortejo cívico do Dois de Julho ganhará
uma premiação especial. O IPAC irá promover, junto com a Fundação Gregório de
Matos, Premiação de Decoração de Fachadas dos imóveis inseridos no percurso do
Cortejo do Dois de Julho, compreendido da Lapinha até o Terreiro de Jesus.
Campo Grande: De 03 a 05/07, a Diretoria do Livro e da
Leitura da Fundação Pedro Calmon promoverá a Feira de Livros “Ao Pé do
Caboclo”, das 14h30 às 19h, no Largo do Campo Grande, também com a presença da
Biblioteca Móvel. Editoras e livreiros estarão presentes, comercializando obras
a preços módicos, incluindo publicações da FPC e do IPAC. A Feira também irá
ceder espaço para a música popular, com a apresentação do show Três na Folia,
com as cantoras Cláudia Cunha, Manuela Rodrigues e Sandra Simões, na
terça-feira, dia 03, às 18h, e Dinha Dórea & Banda na quarta, dia 04, às
17h. Também na quinta-feira, 04, às 16h30, o cartunista Maurício Pestana fará o
lançamento da revista em quadrinhos "Dois de Julho, a Bahia na
Independência".
No dia 05, a Volta da Cabocla percorrerá o percurso inverso do
cortejo, do Campo Grande à Lapinha, com saída prevista para às 19h e animação
do Bandão Verde e Rosa. O desfile contará com a participação de grupos
populares e será acompanhado por orquestras, em mais uma homenagem ao maestro
Reginaldo de Xangô, que por muitos anos conduziu os festejos à frente da sua
orquestra.
Ao longo do mês, nas bibliotecas,
museus e centros culturais da SecultBA haverá exposições, visitas guiadas,
aulas públicas, oficinas e um seminário internacional sobre as independências
na América, destacando a importância das lutas travadas na Bahia e em outras
regiões para a conquista da liberdade. Acompanhe toda programação: http://www.fpc.ba.gov.br/2dejulho/ e
nas redes sociais.
CORTEJO CÍVICO: Inscrito no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações
do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), o Cortejo do
Dois de Julho é um bem cultural, elevado à categoria de patrimônio imaterial da
Bahia, que reverencia as lutas, fatos, personagens e locais que fizeram parte
da trama da Independência do Brasil na Bahia. O Registro do Cortejo foi
chancelado pelo Governo do Estado em dezembro de 2006, e retificado em julho de
2009.
O Cortejo percorre lugares que foram
palco das lutas pela independência, incluindo o Conjunto Arquitetônico da
Soledade, tombado como Patrimônio Material da Bahia desde 1981. O Conjunto foi
o mais importante acesso-norte no século XVIII, ligando a zona dos Currais
Velhos (Barbalho) à Estrada das Boiadas (Estrada da Liberdade), por onde
entraram as tropas brasileiras que consolidaram o movimento libertador.
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