Mais de 200 anos depois de Mary Shelley
escrever sobre a energia de um raio dando vida ao monstro Frankenstein,
cientistas copiaram sua ideia para alimentar um telefone.
A experiência foi realizada na Universidade
de Southampton, na Grã Bretanha, em colaboração com a Nokia.
A fabricante de celulares alertou seus
clientes para "não tentar isso em casa". Aproveitar a natureza dessa
forma poderia fornecer fontes de energia em que o suprimento de eletricidade é
pequeno, explicaram os especialistas.
Grande passo
Usando um transformador, a equipe de
cientistas recriou um raio dentro do laboratório. Eles fizeram 200.000 volts
cruzarem o ar em um espaço de 30 centímetros.
"Essa descoberta prova que aparelhos
podem ser carregados por meio de uma corrente que passa pelo ar. Isso é um
grande passo em direção ao entendimento de uma força natural como o raio e o
aproveitamento de sua energia", disse Neil Palmer, do laboratório de alta
voltagem da Universidade de Southampton.
O raio é uma descarga de eletricidade que
ocorre quando ocorre um desiquilíbrio da carga elétrica entre a núvem e a
superfície da terra.
Em média três pessoas morrem por ano ao serem
atingidas por raios na Grã-Bretanha, de acordo com a Sociedade Real para a
prevenção de Acidentes.
Encontrar novas formas de carregar telefones
celulares e extender a vida útil de suas baterias é a prioridade das indústrias
do setor.
"É certamente uma ideia
impressionante", disse Ben Wood, da empresa de análise CCS Insigh.
"Se você vive em um vilarejo remoto na
Índia pode se beneficiar do desenvolvimento de um aparelho comunitário que
carrega telefones", disse.
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