Moulay
Ismail (1672-1727) foi um sultão (um imperador)
de Marrocos. Este sultão Alauita teve, segundo
se crê, 500 esposas e um total de 888 filhos (548 rapazes e 340 raparigas).
Mandou construir uma cidade para servir de capital, que é por vezes chamada
«Versalhes de Marrocos», por causa da sua extravagância.
Durante
o reinado de Ismail, a capital de Marrocos foi
transferida de Marrakech para Meknès. Inspirado pelo Rei Luís
XIV de França, Ismail iniciou a construção de um elaborado palácio
imperial e outros monumentos. No seu auge, o império de Ismail estendeu-se
desde a atual Argélia até
à Mauritânia.
Ismail
é famoso como uma das figuras marcantes da história
de Marrocos, bem conhecido pela sua crueldade lendária. Para
intimidar tribos rivais, ordenou que os muros da cidade fossem «adornados» com
10.000 cabeças de inimigos assassinados. Lendária é a facilidade com que
condenava à decapitação ou à tortura os criados que considerava preguiçosos.
Nos 20 anos do regime de Ismail, cerca de 30.000 morreram como consequência de
suas decisões.
Moulay
Ismail usou cerca de 25 000 prisioneiros cristãos e 30 000 criminosos
comuns como trabalhadores escravos na construção da sua grande cidade. Foram
capturados mais de 16 000 escravos da África subsaariana para
servir a sua guarda negra de elite. Pela altura da morte de Ismail, a guarda
crescera para o décuplo, o maior exército da história marroquina.
Túmulo de Moulay Ismail. |
Após a
sua morte, seu neto Mohammad
III transferiu a capital de volta a Marrakech, e retirou de
Meknes uma boa parte das suas riquezas para construir uma nova cidade imperial.
O grande Mausoléu de Ismail está aberto mesmo a nãomuçulmanos como
testemunho da grandeza deste déspota.
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