segunda-feira, 14 de julho de 2014

INSTINTO ASSASSINO: VOCÊ TAMBÉM TEM




Você já teve vontade de matar alguém? Imaginou em detalhes como ia fazer isso? Chegou a pesar os prós e contras e, obviamente, percebeu que não fazia sentido (afinal, além de contrariar seus princípios morais, o risco de ser pego e o custo seriam muito grandes)? Bem, se você respondeu sim a essas perguntas, saiba que não está sozinho. Segundo o maior estudo realizado sobre fantasias homicidas, 91% dos homens e 84% das mulheres admitiram já ter pensado (em minúcias) como se livrar de outra pessoa. Sim, você leu bem.

 A esmagadora maioria dos 5 mil entrevistados (entre os quais 375 assassinos) confessaram esse fato, o que levou o coordenador da pesquisa, David Buss, chefe do Departamento de Psicologia Evolutiva da Universidade do Texas, a concluir que a capacidade de tirar a vida é uma característica comum a todos os seres humanos, resultado da seleção natural. Além das conversas ao vivo, a equipe ainda fez uma inédita análise de 429729 relatórios do FBI, a polícia federal americana, e transformou os resultados no livro The Murderer Next Door (“O Assassino Mora ao Lado”), que foi lançado este ano nos EUA.

As conclusões são estarrecedoras e surpreendentes. Afinal, ninguém (exceto alguns psicopatas) admite que o homicídio seja uma prática socialmente aceita. Ao contrário, é um crime abominável. Para Buss, porém, a predisposição para cometê-lo “em determinadas circunstâncias” está nos nossos genes. “A capacidade de matar ajudou nossos ancestrais a sobreviver e a se reproduzir melhor. Como seus descendentes, carregamos essas adaptações e motivações que levaram ao sucesso deles”, afirmou o cientista à super. Segundo ele, o assassinato tem sido uma solução eficaz para lidar com diversos problemas na história evolutiva da humanidade. “Quais são essas vantagens? Em primeiro lugar, o indivíduo que mata continua vivo para transmitir seus genes às gerações seguintes. O que é morto, não. Além disso, os descendentes da vítima – se existirem – ficam mais desprotegidos e, se também não morrerem precocemente, saem de um ponto de partida desvantajoso na corrida pela reprodução e sobrevivência.”


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe, opine, colabore, construa. Faça parte desse "universo".