Você já teve vontade de
matar alguém? Imaginou em detalhes como ia fazer isso? Chegou a pesar os prós e
contras e, obviamente, percebeu que não fazia sentido (afinal, além de
contrariar seus princípios morais, o risco de ser pego e o custo seriam muito grandes)?
Bem, se você respondeu sim a essas perguntas, saiba que não está sozinho.
Segundo o maior estudo realizado sobre fantasias homicidas, 91% dos homens e
84% das mulheres admitiram já ter pensado (em minúcias) como se livrar de outra
pessoa. Sim, você leu bem.
A esmagadora maioria dos 5 mil entrevistados (entre
os quais 375 assassinos) confessaram esse fato, o que levou o coordenador da
pesquisa, David Buss, chefe do Departamento de Psicologia Evolutiva da
Universidade do Texas, a concluir que a capacidade de tirar a vida é uma
característica comum a todos os seres humanos, resultado da seleção natural.
Além das conversas ao vivo, a equipe ainda fez uma inédita análise de 429729
relatórios do FBI, a polícia federal americana, e transformou os resultados no
livro The Murderer Next Door (“O Assassino Mora ao Lado”), que foi
lançado este ano nos EUA.
As conclusões são
estarrecedoras e surpreendentes. Afinal, ninguém (exceto alguns psicopatas)
admite que o homicídio seja uma prática socialmente aceita. Ao contrário, é um
crime abominável. Para Buss, porém, a predisposição para cometê-lo “em
determinadas circunstâncias” está nos nossos genes. “A capacidade de matar
ajudou nossos ancestrais a sobreviver e a se reproduzir melhor. Como seus
descendentes, carregamos essas adaptações e motivações que levaram ao sucesso
deles”, afirmou o cientista à super. Segundo ele, o assassinato tem sido uma
solução eficaz para lidar com diversos problemas na história evolutiva da
humanidade. “Quais são essas vantagens? Em primeiro lugar, o indivíduo que mata
continua vivo para transmitir seus genes às gerações seguintes. O que é morto,
não. Além disso, os descendentes da vítima – se existirem – ficam mais
desprotegidos e, se também não morrerem precocemente, saem de um ponto de partida
desvantajoso na corrida pela reprodução e sobrevivência.”
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