Ator afirma que sua doença pode ter sido
provocada 'por muitas coisas'.
O astro de Hollywood Michael Douglas disse
nesta terça-feira (4) que ganharia um prêmio Nobel se soubesse o que provocou
seu câncer da garganta em meio a uma disputa com o jornal britânico "The
Guardian" por uma entrevista na qual o ator vinculou o sexo oral à doença
da qual padece.
"O câncer de cabeça e pescoço pode ser
causado por muitas coisas, inclusive o vírus do papiloma humano, o tabagismo, o
álcool, o abuso de drogas, o ambiente e o estresse. Não sei o que causou o meu
câncer em particular", declarou esta terça, em comentários divulgados por um
representante.
"Se o fizesse teria um Prêmio Nobel.
Sei que estou aqui hoje por todos os incríveis avanços na pesquisa e no
tratamento do câncer. A sensibilização precoce é um fator chave', prosseguiu.
O protagonista de "Atração fatal',
cujo porta-voz negou na segunda-feira (3) que seu cliente tenha culpado a
prática de sexo oral pelo câncer de garganta, disse estar disposto a colaborar
com a conscientização sobre as causas da doença mortal.
"Se este episódio ajuda para a
sensibilização do público, tanto melhor", disse.
"Se o que começou com uma tentativa de
responder a um par de perguntas sobre as supostas causas desta doença permite
abrir a discussão e promove a consciência pública [sobre ela], então vou me
ater a isso", acrescentou.
Segundo o jornal "The Guardian",
Douglas, que interpreta um pianista homossexual no novo filme de Steven
Soderbergh "Behind the Candelabra", disse em entrevista que seu
câncer foi causado pelo vírus do papiloma humano (HPV).
"Sem entrar em detalhes, este câncer
muito específico é provocado pelo vírus do papiloma humano (HPV) e provém [da
prática] da cunilíngua", disse.
Mas na segunda-feira, o porta-voz do ator,
Allen Burry, disse esta segunda-feira que o ator de 68 anos estava falando em
termos genéricos e não de sua experiência pessoal.
"Michael não disse que (a prática da)
cunilíngua foi a causa do seu câncer", assegurou à AFP.
O jornal britânico insistiu em que Douglas
tinha se referido ao próprio câncer causado pela cunilíngua e publicou
inclusive um clipe de áudio da entrevista em seu site na internet.
"'The Guardian' nega firmemente esta
acusação de falsidade. O senhor Burry não esteve presente (na entrevista); as
únicas duas pessoas que estiveram presentes foram o senhor Douglas e o escritor
do Guardian, Xan Brooks", reportou o jornal em sua edição online.
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