PESSOA
De tanto tu seres, nem minhas tantas te sabem.
Pois se ainda me pergunto com que alma estou,
Qual de mim ouve teu ser fingidor sem alarde?
Dispenso a práxis de que o poeta é um sabedor.
O poeta é um sentiDOR – eu soletro os sentidos.
Saber-te Pessoa, sentindo teu clamor ao mar,
Mesmo de outro lugar, respiro versos líricos,
Que sem saber por que ama, insiste em aMAR
Sentir o amor que se revela sem saber não é difícil,
Mas conter sua corrente, tu disseste não ser fácil.
O que faço se Deus deu ao mar perigo e abismo,
Senão valer do ceticismo em que me amparo?
Ah, minhas almas são tantas e não são pequenas!
Fazei valer à pena essa torrente em mim,
Pois se “a vida é breve e alma é vasta”
Os sentidos bastam, pra minha Pessoa fluir.
Ivone Alves Sol
De tanto tu seres, nem minhas tantas te sabem.
Pois se ainda me pergunto com que alma estou,
Qual de mim ouve teu ser fingidor sem alarde?
Dispenso a práxis de que o poeta é um sabedor.
O poeta é um sentiDOR – eu soletro os sentidos.
Saber-te Pessoa, sentindo teu clamor ao mar,
Mesmo de outro lugar, respiro versos líricos,
Que sem saber por que ama, insiste em aMAR
Sentir o amor que se revela sem saber não é difícil,
Mas conter sua corrente, tu disseste não ser fácil.
O que faço se Deus deu ao mar perigo e abismo,
Senão valer do ceticismo em que me amparo?
Ah, minhas almas são tantas e não são pequenas!
Fazei valer à pena essa torrente em mim,
Pois se “a vida é breve e alma é vasta”
Os sentidos bastam, pra minha Pessoa fluir.
Ivone Alves Sol
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe, opine, colabore, construa. Faça parte desse "universo".