A escritora britânica Agatha Christie chegou a ser investigada pelo Serviço Secreto do Reino Unido, durante a Segunda Guerra Mundial.
Agatha Christie na estreia de sua peça "The Spider's Web" no Teatro Savoy, em Londres (15/12/1954) |
Para o MI5, como a agência é conhecida, acreditava-se que uma das autoras mais conhecidas do gênero policial teria um espião dentro de Bletchley Park, instalação militar secreta e especialista em decifração de códigos. As informações são do jornal "The Guardian".
A história surreal foi divulgada no livro "The Codebreakers of Station X", de Michael Smith, lançado nesta segunda-feira (4).
O Serviço Secreto começou a investigar Agatha Christie após ela ter chamado um personagem de Major Bletchley, no romance de guerra "M ou N", publicado em 1941.
Bletchley era um ex-oficial do exército indiano que dizia conhecer os segredos de guerra da Grã-Bretanha. Na mesma época em que usou o nome da instalação militar para o personagem, a escritora passou a ser uma amiga próxima de Dilly Knox, um dos principais decifradores em Bletchley Park.
MI5 começou a se preocupar se ela teria conhecimento do que foi descoberto sobre os planos de Adolf Hitler. Knox, inclusive, fez parte do grupo que conseguiu decodificar as senhas alemãs e teve acesso ao que o inimigo estava planejando.
O Serviço Secreto chegou a questionar Knox e ele mesmo teve que perguntar para a amiga o motivo do nome do personagem.
Christie, porém, teria respondido que o nome lhe veio quando ficou parada durante uma viagem de trem.
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