sábado, 9 de fevereiro de 2013

NETA DE HEMINGWAY ESPERA QUE NOVO FILME ACABE COM MALDIÇÃO FAMILIAR


A atriz Mariel Hemingway espera que ir a público em um documentário sobre a maldição que assolou sua família irá finalmente dissipar o mistério que cerca sua luta contra a dependência, e contribuir para a conscientização a respeito das doenças mentais.


Mariel Hemingway divulga filme no festival de
Sundance (Foto: Benjamin Cohen/AP)
Durante anos Mariel ignorou problemas com alcoolismo, dependência e doenças mentais que afetaram sua família, levando vários parentes ao suicídio.

Seu avô Ernest, ganhador do Nobel de Literatura, se matou em 1961, meses antes do nascimento dela. O pai dele também havia se matado com um tiro.
Uma das irmãs de Mariel, Margaux, morreu de overdose em 1996, aos 42 anos, e sua irmã mais nova, Joan, há uma década entra e sai de clínicas de reabilitação.


Mariel, de 51 anos, que chegou à fama no filme "Manhattan", de Woody Allen, também enfrenta seus próprios demônios - no caso, a depressão.
Mas ela espera que falar abertamente a respeito da suposta "maldição dos Hemingway" - tema do documentário chamado "Running from crazy" ("fugindo da loucura") ajudará outras pessoas a confrontarem transtornos mentais em suas próprias famílias.

"Nunca senti que isso fosse uma maldição, mas definitivamente eu queria uma vida normal", disse a atriz à Reuters na quarta-feira (6), em Londres, onde assistiu à estreia da peça "Fiesta", baseada no romance "O sol também se levanta", de Ernest Hemingway.

"Há escolhas de vida que você pode fazer que podem alterar o curso da sua vida. Fui capaz de fazer isso por meio da comida que como, do que eu bebo, do que eu faço cotidianamente. Consegui encontrar um equilíbrio."

O documentário, que estreou no mês passado no festival de cinema de Sundance (EUA), aborda o turbulento casamento dos pais dela e suas conturbadas relações com as irmãs. O filme inclui imagens de Margaux, modelo e atriz, cuja morte Mariel só em 2003 admitiu ter sido um suicídio.

"Fazer esse documentário acabou sendo muito terapêutico", disse ela. "Só recentemente percebi que havia ficado deprimida por muito tempo, e estou finalmente feliz."

Mariel disse que o histórico da sua família fez com que ela se empenhasse em conscientizar suas duas filhas e outras pessoas sobre questões como suicídio e saúde mental.

"A doença mental, especialmente nos Estados Unidos, ainda é tabu. Tomara que ver o que minha família passou ajude as pessoas a falarem sobre essas questões."


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