A equipe, da Escola Politécnica Federal de Lausanne,
afirma que o protótipo de apenas 14 milímetros pode ser usado para detectar
cinco substâncias diferentes no sangue.
Os resultados podem, então, ser enviados para o médico por
meio da tecnologia bluetooth.
O dispositivo minúsculo poderá ser inserido no paciente
com uma seringa, logo abaixo da pele de locais do corpo como abdome, pernas ou
braços. Os cientistas dizem que é possível manter o mecanismo no local por
meses e só depois é necessário removê-lo ou substitui-lo.
Segundo os inventores do protótipo, o dispositivo estará
disponível para o público dentro de quatro anos.
Colesterol e diabetes
Outros pesquisadores já vinham trabalhando em implantes
subcutâneos parecidos, mas o professor Giovanni de Micheli e o cientista que
liderou a pesquisa, Sandro Carrara, afirmam que o exame de sangue criado na
Suíça é pioneiro porque pode analisar muitos problemas diferentes ao mesmo
tempo.
Carrara e De Micheli afirmam que o dispositivo será muito
útil para monitorar problemas como colesterol alto e diabetes, além de analisar
o impacto de tratamentos como quimioterapia.
"Vai permitir o monitoramento direto e contínuo
baseado na intolerância individual de cada paciente, e não em tabelas de idade
e peso, ou exames de sangue semanais", afirma De Micheli.
Até o momento, os pesquisadores testaram o dispositivo em
laboratório e em animais. Eles afirmam que o mecanismo pode detectar de forma
confiável os níveis de colesterol e glicose no sangue, assim como outras
substâncias mais comuns que médicos tentam encontrar em exames.
Os cientistas agora esperam começar os testes do
dispositivo em pacientes internados em unidades de terapia intensiva, que precisam
de muito monitoramento, incluindo exames de sangue frequentes.
Os resultados da pesquisa serão apresentados na conferência
sobre eletrônicos Design, Automação e Teste na Europa (Date).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe, opine, colabore, construa. Faça parte desse "universo".