Escolher qual profissão seguir está
entre os momentos mais importantes da vida da maioria das pessoas. Uma escolha
errada pode resultar em uma carreira profissional desmotivadora e repleta de
problemas que podem afetar também outras partes da vida, como saúde e família.
Qual caminho seguir? |
Para tentar ajudar os jovens que estão vivendo esse momento, entrevistamos o
professor de Planejamento de Carreira do Instituto Brasileiro de Tecnologia
(IBTA), Nelson Fender, que é especialista em Orientação Vocacional.
De acordo com
Nelson Fender, o ideal é que a escolha da profissão comece ainda no final do
ensino fundamental, com ajuda das escolas. “A partir do 8º e 9º anos do ensino
fundamental deveria ser inserido na grade um programa de orientação
profissional com periodicidade regular no ensino médio”. Fender comenta que
atualmente os jovens começam a despertar o interesse por escolha profissional
somente quando chegam ao 2º ano do ensino médio, com 16 anos.
Mas o que podemos
fazer na hora de escolher a profissão? O professor do IBTA afirma que o
primeiro passo é o autoconhecimento. “O jovem deve estar atento às suas reações
emocionais e ao comportamento diário, procurar identificar interesses,
motivações e habilidades”. Outros fatores que também devem ser levados em conta
são as faculdades que disponibilizam o curso, a grade curricular, necessidade
de mudanças de cidades, mercado de trabalho e não adequação da carreira ao
perfil do jovem.
Um bom exercício é
montar uma lista do que gosta e o que não gosta de fazer. Depois, mostre e
discuta essa lista com pais, professores e amigos de turma, que podem ajudar o
jovem a traçar melhor seu perfil e ver com qual profissão se encaixa. Caso o
estudante não tenha clareza de suas reações, dúvida com relação ao seu
comportamento e não consiga efetuar escolhas que possam impactar na sua rotina,
Nelson Fender aconselha procurar um orientador vocacional.
Professor Nelson Fender |
Os pais devem ser ouvidos no momento da
escolha profissional, especialmente se houver conhecimento com relação ao
mercado de trabalho. No entanto, Fender diz que os pais devem compreender a
escolha do filho e não influenciá-lo com os sonhos que eles têm. O papel dos
pais é discutir com os filhos os fatores de sucesso e dificuldades impostas
pela carreira escolhida – afirma o especialista.
Segundo o
professor do IBTA, os principais erros cometidos por pessoas que não se
identificam com a carreira são: escolha precipitada, sem considerar as
características pessoais; escolher apenas pelo retorno financeiro; escolha
baseada em modelos familiares; optar pela carreira da moda. “Um exemplo prático
são os jovens que escolhem fazer Direito porque o pai é advogado e já possui um
escritório, mas não param para analisar se essa profissão se encaixa no seu
perfil”.
Se o jovem não
exercitar o autoconhecimento, a possibilidade de se frustrar com a carreira
escolhida é maior. “A escolha da profissão deve passar por uma análise de quem
eu sou, o que eu quero e o que eu posso fazer” – finaliza Nelson Fender.
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