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Brasileiros são descritos como os mais jovens a participar de um programa espacial |
Estudantes da Escola Municipal Tancredo
Almeida Neves, de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, estão de malas prontas.
Nesta quarta-feira eles embarcam para o
Japão para participar do Simpósio Internacional de Ciência e Tecnologia
Espacial, patrocinado pela Agência Espacial Japonesa.
Há dois anos, depois de ver um artigo em
uma revista de ciências dizendo que era possível construir um satélite e
mandá-lo para o espaço com cerca de R$ 14 mil, o professor de matemática
Candido Osvaldo de Moura decidiu iniciar um projeto de construção de satélite
com os alunos do 6º ano.
Assim nasceu o projeto UbatubaSat, que
transformou os estudantes brasileiros, de acordo com a empresa que vendeu o
satélite, nas pessoas mais jovens do mundo a terem se envolvido em um projeto
espacial.
O objetivo era despertar nos estudantes o
interesse pelas áreas de tecnologia e ciências, e ajudar a suprir a carência de
profissionais nessas áreas no Brasil.
Nasa.
Além de já ter conquistado vários
estudantes que agora decidiram seguir carreira em áreas de engenharia, o
projeto já levou os alunos para conhecer os Estados Unidos, onde visitaram a
Nasa (agência espacial americana), e agora, ao próximo destino - o Japão. Eles
escreveram um artigo sobre a influência do projeto em jovens de Ubatuba, e o
material foi aceito pelo simpósio.
Com a ajuda dos governos municipal e
federal e as passagens compradas pela Unesco (braço da ONU para a educação), 12
estudantes e quatro professores representarão o Brasil no congresso espacial do
Japão.
Para o prefeito de Ubatuba, Mauricio
Maromizato, o projeto ajuda a disseminar a cultura na tecnologia em um região
muito marcada apenas por atividades turísticas e pesqueiras, onde "a
juventude nunca teve outros horizontes."
Como parte de projeto, alunos e professores
receberam treinamento no Instituto Espacial de Pesquisa Espacial (Inpe). De
acordo com Antonio Ferreira de Brito, técnico eletrônico de desenvolvimento de
hardware, "esta foi a primeira vez que o instituto forneceu treinamento
para crianças desta idade".
O lançamento do satélite está atrasado, mas
o professor Candido diz que a escola municipal não vai desistir e está à
procura de verbas para fazer o lançamento através de um outro foguete espacial
comercial.
Quando o satélite entrar em órbita, ele
enviará uma mensagem em português, inglês e espanhol, a qual será escolhida em
uma competição na escola.
Independente do lançamento, para Candido
Moura o projeto "já é um sucesso". Agora, a ideia é expandir a
proposta, e novos pequenos cientistas já começam a serem treinados.
Veja vídeo com essa matéria:
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