A balança comercial brasileira
registrou superávit de 2,394 bilhões de dólares em junho, acumulando no
primeiro semestre saldo negativo de 3 bilhões de dólares
A balança
comercial brasileira
registrou superávit de 2,394 bilhões de dólares em junho, acumulando no
primeiro semestre saldo negativo de 3 bilhões de dólares, o pior para este
período em quase 20 anos, com crescimento mais intenso das importações.
Segundo informou nesta segunda-feira o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as importações somaram a cifra
recorde de 117,516 bilhões de dólares entre janeiro e junho passado, 8,4 % a
mais do que em igual período de 2012, pela média diária.
Já as exportações somaram 114,516 bilhões de dólares no
período, com queda de 0,7 % também pela média diária. O resultado comercial do
semestre passado foi o pior para o período de janeiro a junho desde 1995,
quando o déficit ficou em 4,227 bilhões de dólares.
No primeiro semestre, o destaque ficou para a conta
petróleo, com déficit de 12 bilhões de dólares, um dos principais fatores do
elevado déficit da balança no período.
O resultado mensal de junho veio acima do esperado pela
mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de superávit
de 2,05 bilhões de dólares. Em maio, a balança comercial havia registrado
superávit de 758 milhões de dólares.
No mês passado, as exportações somaram 21,227 bilhões de
dólares, com alta, pela média diária das operações, de 9,7 % frente a junho de
2012, influenciadas pelo aumento dos embarques de produtos básicos e
manufaturados.
As importações atingiram em junho 18,833 bilhões de dólares
com aumento, pela média diária, de 1,5 % frente a igual mês do ano passado
devido a maiores compras no exterior de bens de capital, matérias-primas e bens
de consumo. Já as aquisições de combustível ficaram 39 % menores.
Mesmo com a melhora do desempenho nos últimos dois meses, a
balança comercial brasileira deve apresentar em 2013 um dos piores resultados
dos últimos anos, influenciado pelo comércio internacional enfraquecido, que
reduz as exportações do país, e pelo impacto negativo do registro neste ano de
importações de gasolina feitas pela Petrobras em 2012.
O efeito desses fatores levou o Banco Central a reduzir para
7 bilhões de dólares a previsão de superávit da balança comercial para 2013,
menos da metade da projeção anterior de saldo positivo de 15 bilhões de
dólares.
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