O
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma defesa firme dos
programas secretos que monitoram milhões de telefonemas e dados da internet.
A
revelação da existência desses monitoramentos provocou um debate intenso, nos Estados Unidos, sobre os direitos civis.
"Ninguém
está ouvindo os telefonemas", afirmou nesta sexta-feira (7) o presidente
Barack Obama. Foi a primeira vez que ele comentou as informações publicadas
pelos jornais The Washington Post e The Guardian sobre os monitoramentos do
governo americano.
O programa
sigiloso que acessa emails, fotos e vídeos da internet é chamado de Prisma e é
considerado a principal fonte de informações da agência de segurança nacional.
Obama ressaltou que o alvo são usuários fora dos Estados Unidos. Tudo dentro da
lei.
Segundo os
jornais, o governo tem acesso direto aos servidores dessas empresas. As
companhias dizem que fornecem apenas dados específicos.
O assunto
dividiu opiniões no congresso e na imprensa. O jornal The New York Times
criticou. Já o Wall Street Journal elogiou a medida.
As
iniciativas de espionagem de pessoas comuns têm o objetivo declarado de evitar
ataques terroristas. Elas eram conhecidas pelo congresso e foram autorizadas
pela justiça. Mas o governo Obama, que assumiu o poder prometendo
transparência, tem sido duramente criticado por grupos que defendem as
liberdades civis.
Norman
Dorsen, professor de direito da Universidade de Nova York, diz que ninguém sabe
ao certo o que o governo está fazendo com as informações.
"Interceptar
telefonemas ou e-mails de forma indiscriminada é invasão de privacidade e abala
a credibilidade do governo", disse.
Obama
admitiu que era cético em relação aos programas de monitoramento, mas agora
acha que são válidos. "Não se pode ter 100% de segurança com 100% de
privacidade. A sociedade tem de fazer escolhas", afirmou.
O jornal
britânico The Guardian revelou nesta sexta-feira (7) que o presidente Obama
pediu aos serviços de segurança que elaborassem uma lista de alvos
cibernéticos. Ou seja, sistemas de computadores que os Estados Unidos poderiam
atacar no exterior.
Veja vídeo com essa matéria:
Ora, acho que quem não deve, não teme. Se é preciso, por que não?
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