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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

VERÃO COM “O SAPATO DO MEU TIO”






Celebrando em 2014 nove anos em cartaz, O espetáculo “O Sapato do meu Tio” volta aos palcos de Salvador em temporada de verão, de 11 de janeiro e 23 de fevereiro, aos sábados e domingos, às 20h, no Teatro SESC Casa do Comércio, com ingressos a R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).

Um olhar sensível e bem-humorado sobre a convivência entre dois artistas nos bastidores dos espetáculos que apresentam em diversas cidades. O mais velho deles, o Tio, começa a ensinar sua arte para o sobrinho, revelando uma relação de poucas palavras, mas cheia de respeito, humor e, sobretudo, poesia. Esse é o mote central da peça O Sapato do Meu Tio, que traz os atores/autores Alexandre Luis Casali e Lúcio Tranchesi sob a direção de João Lima. O espetáculo recebeu os prêmios de melhor espetáculo, melhor ator (Lúcio Tranchesi) e melhor diretor (João Lima) na edição 2005 do Prêmio Braskem de Teatro, a mais importante premiação do teatro baiano, é aclamado pelo público e pela critica dentro e fora do Brasil e já teve aproximadamente 250 mil expectadores.

O Sapato do Meu Tio conta uma história atemporal, de dois artistas. O mais velho deles, o Tio (Lúcio Tranchesi), desiludido com o rumo de sua carreira, começa a ensinar sua arte para o sobrinho (Alexandre Luis Casali). Entre sucessos e fracassos, os personagens apresentam uma verdadeira homenagem ao ofício do palhaço, onde temas como a passagem do tempo e a aprendizagem são explorados ora através do drama, ora da comédia.

O Sapato do Meu Tio foi um dos vencedores do Prêmio Estímulo à Montagem de Espetáculos de Médio Porte em 2005, no edital da Fundação Cultural do Estado da Bahia. A peça estreou em setembro de 2005 em Salvador, onde permaneceu desde então em temporadas ininterruptas por vários teatros da cidade. O projeto da montagem da peça surgiu quando os dois atores resolveram montar um espetáculo onde explorassem a técnica do “Clown” – ou do “Palhaço”, como preferem classificar. Inicialmente a idéia era adaptar O Menor Quer Ser Tutor, texto de Peter Handke que em 1990 ganhou em Salvador uma elogiada montagem dirigida por Ewald Hackler, com os atores Paulo Pereira e Lúcio Tranchesi no elenco. A partir de leituras e improvisações, optou-se por escrever outro texto, no qual alguns elementos do texto de Handke fossem preservados.

“No meio desse processo a gente achou que Handke tinha uma proposta lingüística e metodológica que poderia acabar se perdendo”, afirma Alexandre, lembrando que muitos aspectos da obra do autor austríaco continuaram sendo exploradas em O Sapato do Meu Tio. Sendo assim, o público entrará em contato com questões referentes a rituais de aprendizagem, linguagem não-verbal, seqüências cronológicas não definidas e passagem do tempo, tudo enriquecido com um longo processo de ensaios recheado de improvisações e de esquetes clássicos do mundo do circo.

TÉCNICA – A equipe de criação da peça se completou com a presença do diretor João Lima que, junto com Alexandre e Lúcio, faz parte de um time de atores baianos que há muitos anos se dedica a estudar a técnica do Palhaço. Os três se encontraram pela primeira vez em 1999, durante um curso de Técnica de Clown realizado em Salvador pelo conceituado grupo Lume, de Campinas. Depois disso cada um desenvolveu trabalhos paralelos ou relacionados a outras técnicas, até se unirem novamente para montar O Sapato do Meu Tio.

O nome da peça também é uma referência a esse universo, lembrando um dos elementos que fazem parte da antiga tradição do palhaço de circo e que é passada de pai para filho, como a barriga, a careca e o sapato grande. “Dentro dessa tradição todos eram muito parecidos, enquanto o palhaço moderno usa a técnica de extrair características pessoais do ator”, explica Alexandre. Segundo Lúcio, a técnica é empregada para fazer o público rir da crueldade e do ridículo das personagens, surgidos a partir da entrega do ator em cena. “O circo tem uma técnica dura, onde você se machuca para aprender; no Palhaço, o ego do ator se machuca tanto quanto o corpo do artista de circo”, completa.

RIDÍCULO – A ideia utilizada na composição das personagens e das cenas, portanto, traz para o centro do palco elementos como a sutileza, o ridículo e a repetição de erros, sempre emoldurados com o estilo pessoal de cada ator. “O palhaço é mais próximo da gente do que a gente imagina”, ensina João Lima, para quem esse universo mostra sempre uma personagem vulnerável, possuidora de uma falha trágica que a torna uma perdedora. “A exposição do ator nem sempre passa pela exposição pessoal, mas a do palhaço, sim”, completa Lúcio.

O fato da peça não apresentar uma linguagem formal permitiu uma ação diferenciada junto ao público de Salvador, em 2006. Graças ao patrocínio da Coelba, a produção do espetáculo destinou 20% da lotação do teatro a projetos sociais. A produção da peça estabeleceu contato com diversas entidades ligadas a grupos com necessidades especiais (principalmente os deficientes auditivos), para levá-los ao teatro. As entidades contatadas para levar seus alunos à peça se mostraram muito receptivas à oportunidade de abrir as cortinas do teatro para esse público, um fato bem incomum em Salvador e que, para muitos deles, representava um primeiro contato com a vida cultural dos teatros da cidade.

“A diversidade do público que tem assistido à peça e a reação das pessoas, sempre muito emocionada, faz com que a gente queira contar essa história para cada vez mais pessoas”, afirma Lúcio Tranchesi, lembrando que a comunicação direta de O Sapato do Meu Tio é um dos grandes trunfos para que cada pessoa se identifique com algum aspecto da montagem. “Nós estamos mostrando a história de dois artistas que vivem uma relação limiar de amor, respeito e amargura; eles não têm o que falar um com o outro, mas muito que aprender e, por isso, se comunicam através de sua arte”, completa.

O SAPATO DO MEU TIO

Dedicado aos atores Paulo Pereira e Erick Steffen



Direção
João Lima
Texto e Atuação
Lúcio Tranchesi
Alexandre Luís Casali
Música Original
Jarbas Bittencourt
Iluminação
Fabio Espírito Santo
Cenário e Adereços
Agamenon de Abreu
Figurino
Rino Carvalho
Fotografia
Manu Dias
Uma Produção
Selma Santos Produções e Eventos
Av. Vasco da Gama, 2.931 sl. 126 – 3261 2179





SERVIÇO :


Local: Teatro SESC Casa do Comércio
Temporada: de 11 de janeiro a 23 de fevereiro
Dias e horário: Sábados e domingos 20h
Classificação: Livre
Texto e atuação: Alexandre Luis Casali e Lúcio Tranchesi
Direção: João Lima
Ingressos : R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)



Assessoria de Imprensa – Doris Pinheiro – 71 8896-5016









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