Experiências pessoais contribuem para a
individualização do ser humano.
Descoberta pode oferecer novas opções para tratar doenças psiquiátricas.
Explorar o mundo ajuda a formar o cérebro e as aventuras
tornam cada indivíduo diferente, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira
(9) na revista "Science" e feita por pesquisadores da Alemanha.
Segundo estudiosos, as descobertas podem oferecer novas opções para o
tratamento de doenças psiquiátricas.
Os cientistas buscavam determinar
porque gêmeos idênticos não são cópias perfeitas de cada um, mesmo quando
criados no mesmo ambiente, e estudaram a questão usando 40 camundongos
geneticamente iguais.
Os roedores foram mantidos em uma
jaula elaborada com cinco níveis, conectada por tubos de vidro e cheias de
brinquedos, potes de flores de madeira, locais para fazer ninhos, entre outros.
O espaço disponível para a exploração tinha cerca de cinco metros quadrados.
"Este ambiente era tão rico que
cada camundongo reuniu suas próprias experiências nele", explicou o
cientista que chefiou o estudo, Gerd Kempermann, do Centro Alemão de Doenças
Neurodegenerativas.
Mesmo que os camundongos fossem
geneticamente iguais e que o ambiente onde foram mantidos também fosse o mesmo,
eles demonstraram individualmente diferentes níveis de atividade. Alguns
exploravam bastante, outros não.
Ao dotá-los de um microchip especial
que emitia sinais eletromagnéticos, os cientistas conseguiram rastrear quanto
os camundongos se movimentaram e quantificar seu comportamento exploratório.
"Com o passar do tempo, os animais então se diferenciaram crescentemente
em seu campo de experiência e comportamento", disse Kempermann. Após três
meses, eles desenvolveram personalidades muito diferentes.
Mais aventureiro, mais neurônios
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