Um grupo que faz campanha contra a exploração sexual de crianças organizou uma
operação online que atraiu milhares de pedófilos a fazer contato com uma
criança filipina de dez anos criada por computador.
Mais de 20 mil usuários foram enganados ao
longo de dez semanas, todos tentando assistir à criança 'virtual' filipina
praticar atos indecentes por meio de uma webcam.
Pesquisadores da ONG de ativistas holandeses
'Terre des Hommes' se logaram em diversas salas de bate-papo online com o
apelido de "Sweetie" (querida), uma garota aparentemente real, que
podia ser facilmente identificada pelo país de origem, sexo e idade.
A equipe liderada por Guyt elaborou um dossiê
de mil internautas com evidências que comprovam atividades ilegais na rede.
A maioria dos pedófilos identificados vem dos
Estados Unidos, com 254 usuários, seguido por Reino Unido, com 110, e Índia,
com 103.
Os ativistas passaram os resultados da
pesquisa para a Interpol, mas os pedófilos somente serão processado se a
polícia encontrar evidências em suas próprias investigações.
O grupo disse que apenas seis pessoas
apontadas por praticar o que que eles chamam de "webcam de turismo sexual
infantil" já foram condenadas pelo crime em todo o mundo.
"Não precisamos de mais leis",
disse Guyt. "A legislação atual é adequada e mais do que suficiente para
cobrir esses atos."
A ONG 'Terre des Hommes' iniciou uma petição
online pedindo ação contra a prática de "webcam de turismo sexual
infantil", e postou no YouTube um documentário sobre a investigação de dez
semanas.
"Queremos que os governos adotem
políticas de investigação pró-ativas e que deem poder às agências de aplicação
da lei para patrulhar ativamente locais públicos de acesso à internet, onde
este abuso infantil está ocorrendo todos os dias", afirmou Guyt. "Os
predadores infantis sentem que a lei não se aplica a eles. A internet é livre,
mas não sem lei", completou. (Com AP)
Veja vídeo com essa matéria:
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