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Na tentativa de achar uma cura para
uma doença ou entender melhor alguns tipos de comportamento, muita coisa
bizarra já foi feita.
Uma coisa é verdade: para se
comprovar alguma coisa cientificamente, é preciso realizar testes e,
nesse sentido mais empírico da coisa, há sempre muita polêmica envolvida. O List Verse elencou algumas pesquisas científicas com
experimentos malucos e antiéticos. Confira:
1 – Eletrochoque em crianças
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O tratamento com eletrochoque é
polêmico por si só, desde que foi criado, mas uma neuropsiquiatra do Hospital
Bellevue, em Nova York, deu o que falar quando, nos anos 40 e 50, iniciou
pesquisas de terapia de eletrochoque em crianças, principalmente nas autistas.
Estamos falando de Lauretta Bender, uma médica conhecida pela sua vaidade e
pelo seu orgulho.
Ela se vangloriava dos tratamentos
com eletrochoque que realizava em crianças a partir dos quatro anos de idade.
Os resultados não eram tão positivos quanto a propaganda feita pela médica, já
que as crianças submetidas ao forte tratamento acabavam piorando, apresentando
sinais de violência ou, ainda, estados catatônicos. Já adultos, muitos
pacientes da médica foram considerados “arruinados”, tendo se envolvido em atos
criminosos e até mesmo cometido suicídio.
O método usado pela médica consistia
na aplicação de choques até que os pacientes tivessem convulsões e desmaiassem.
Depois da sessão, quando acordavam, recebiam doces e pequenos agrados. Entre os
pacientes tratados por Lauretta, alguns só apresentavam traços de timidez e
retração social. Muitos dos pacientes da médica foram diagnosticados
erroneamente como autistas, inclusive. Em níveis mais avançados de tratamento,
Lauretta utilizava LSD em seus experimentos.
Alguns pacientes relataram suas
histórias anos depois e expuseram as péssimas condições às quais foram
submetidos durante o tratamento de Lauretta. Segundo os relatos, eles eram
obrigados a agir como se estivessem felizes enquanto estivessem no Hospital
Bellevue.
2 – Radiação extrema
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Qualquer pessoa com um pouco de
juízo sabe que, quanto mais longe se ficar da radiação e de elementos
radiativos, melhor. É lógico que nem sempre foi assim. A própria Marie Curie,
responsável pela descoberta do rádio e do polônio, ganhadora de um Nobel de Física
e um de Química, morreu devido à grande exposição a elementos radiativos. Só
para você ter ideia, os cadernos usados pela cientista ainda são considerados
materiais radiativos.
Antigamente não se sabia muito bem
os perigos desses elementos e, por isso mesmo, o uso era indiscriminado. Tão
indiscriminado que o médico Eugene Saenger, considerado pioneiro da chamada
Medicina Nuclear, utilizava métodos pouco tradicionais em suas pesquisas na
década de 60, já que expôs mais de 90 pacientes com câncer a grandes doses de
radiação.
Saenger acreditava que a radiação
seria capaz de curar a doença ou, pelo menos, aliviar os sintomas. Por trás das
boas intenções do médico, havia um incentivo vindo do Pentágono, que pretendia
descobrir quanto uma pessoa poderia aguentar de radiação antes de ficar
totalmente desorientada.
As “cobaias” eram pessoas pobres,
sendo que 60% desse total eram formados por negros. Logo no primeiro mês, 21
pacientes morreram. O médico declarou que foram “apenas” oito mortes e, depois
de um tempo, mudou seu discurso, afirmando que nenhum paciente havia morrido.
O médico se defendeu, dizendo que os
pacientes sabiam que seriam expostos à radiação. Há quem acredite, porém, que o
que eles deveriam saber mesmo é que havia risco de morte.
3 – Injeção de células de câncer
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O médico oncologista Chester Southam
queria estudar o comportamento de células cancerosas vivas em corpos de pessoas
saudáveis e, por isso, na década de 60, ele deu início a um estudo ousado e
polêmico. O médico contou com a ajuda de voluntários da Penitenciária de Ohio,
nos EUA, para injetar as tais células em pessoas saudáveis. Nesse caso, ele
reparou que o sistema imune dessas pessoas rejeitava as células de câncer em
até 30 dias.
Já a resposta de pacientes que já
tinham a doença foi, obviamente, mais lenta. Para ter mais casos em sua
pesquisa, Southam passou a injetar as células em pacientes idosos e não
portadores da doença. Para tal, ele convenceu diversos hospitais de que seu
experimento era algo que não precisaria ser previamente autorizado pelos
pacientes. Na verdade, segundo ele, era melhor que essas pessoas nem soubessem
o que estava sendo feito.
Foi dessa forma que o médico passou
a injetar células cancerosas em doentes crônicos que não tinham câncer. O
método de Southam foi mantido em sigilo até que todas as injeções fossem
aplicadas.
4 – Rivalidade entre
pré-adolescentes
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A ideia de Muzafer Sherif, um
psicólogo turco que trabalhou nos EUA durante a década de 50, vai deixar você
um pouco reflexivo. Ele queria estudar relações de conflitos entre pessoas
pertencentes a grupos diferentes. Para isso, sua ideia foi trabalhar com dois
grupos de pré-adolescentes de 11 anos, deixá-los uns contra os outros e ver o
que acontecia.
Para que seu plano desse certo, ele
organizou uma viagem de acampamento com 22 garotos, que nem faziam ideia de que
participariam de um experimento psicológico. Em pouco tempo, o clima de férias
se tornou um verdadeiro campo de batalha.
O psicólogo separou os adolescentes
em dois grupos: os “cobras cascavéis” e os “águias”. Os garotos só podiam
conversar com outros garotos que fizessem parte do seu grupo. Assim que todo
mundo já estava se dando bem, o outro grupo foi apresentado e então todos
começaram a se provocar durante as competições.
O primeiro passo para a rivalidade
era um xingamento simples, que culminava na recusa a fazer parte do grupo
rival, e, consequentemente, os levava a degradar ambientes e objetos que
pertenciam aos rivais. A raiva era tanta que os adolescentes fizeram guerras de
comida e se recusavam a compartilhar até mesmo um lápis com integrantes do lado
oposto.
Assim que o ódio na medida certa foi
estabelecido entre os garotos, os cientistas que acompanhavam o experimento
indicaram tarefas e problemas cujas soluções só poderiam ser encontradas em
equipe. Essa atitude causou uma diminuição superlenta nos níveis de rivalidade.
Ao final do estudo, concluiu-se que os meninos adquiriram uma repulsa duradoura
pelos membros do outro grupo.
5 – O caso de Emma Eckstein
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Por mais que seu conhecimento na
área da psicanálise seja nulo, você provavelmente já pelo menos ouviu falar a
respeito de Sigmund Freud, não é mesmo? O nome do psicanalista tem sido alvo de
inúmeras críticas depois de sua morte, principalmente.
Um dos casos mais polêmicos tratados
por Freud foi o de uma paciente chamada Emma Eckstein, cujo maior problema de
saúde estava aparentemente relacionado à sua menstruação. Freud acreditava que
o nariz estava direta e indiscutivelmente ligado aos órgãos genitais e, por
isso, a solução do problema de Emma era remover parte de seu nariz.
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A cirurgia foi feita e, obviamente,
nada foi resolvido. Para piorar, o nariz da moça simplesmente não cicatrizava.
A jovem apresentou um quadro grave de hemorragia e só então Freud percebeu que
o médico que havia realizado o procedimento tinha deixado um pedaço de gaze
dentro do nariz de Emma.
O nariz da paciente demorou um ano
para se recuperar totalmente e, mesmo depois desse tempo todo, a queixa
principal, a respeito da menstruação, não tinha sido solucionada.
Como, para Freud, tudo está sempre
ligado ao sexo, a conclusão do caso foi a de que a própria Emma era a culpada,
já que ela deveria ter desejos sexuais pelo próprio irresistível Freud e, por
isso, seu corpo inteiro estava em desalinho. Era por isso também que seu nariz
demorou tanto para sarar – e não por culpa do erro médico. Ah, Freud... Sério
mesmo?
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