Rafael Pereira, de 20 anos, foi o melhor competidor do WorldSkills Americas. |
Competição interamericana de profissões técnicas foi disputada em Bogotá.
De empregado de uma oficina de
portões a campeão da WordSkills Americas, competição interamericana de
profissões técnicas. É o resumo da ainda curta trajetória do potiguar Rafael
Wenderson Morais Pereira, de 20 anos, que voltou de Bogotá, na Colômbia, com
duas medalhas de ouro nas categoria de melhor soldador e melhor competidor
brasileiro, além do troféu Albert Vidal, entregue ao participante com a maior
pontuação da competição. "Fui além do que imaginava", afirma.
Natural de Mossoró, cidade da região
Oeste do Rio Grande do Norte, Rafael vem de origem humilde. É filho de uma dona
de casa e de um pedreiro, condição que não o impediu de seguir os passos do
irmão mais velho, que já participou de olimpíadas nacionais e internacionais.
"Por influência do meu irmão entrei no Senai (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial) para fazer o curso de técnico de mecânica industrial
em 2009", conta.
Em um ano Rafael parou o curso. Seu
plano era treinar para participar da Olimpíada do Conhecimento, competição na
qual foi campeão estadual e nacional. No ano passado o jovem viajou a Leipzig,
na Alemanha, e de lá trouxe a medalha de prata do WordSkills Internacional em
disputa com competidores de 35 países. "Depois disso pensei que ia voltar
para minha vida. Virei instrutor do Senai", explica.
O que Rafael não esperava era uma
nova oportunidade em competições internacionais. "Fui chamado para Bogotá.
Tive que parar de trabalhar, não pensei duas vezes", relata. Na Colômbia o
jovem teve que fazer quatro processos diferentes com três materiais. "As
provas são 100% práticas e rigorosas para comprovar que você está preparado
para a tarefa. Quem solda os quatro processos é diferenciado", relata Rafael,
que esperava ganhar o prêmio apenas em sua categoria.
"De acordo com meu trabalho era para ganhar como soldador. Depois fui chamado como 'Best Of Nation', o melhor do Brasil. Quando descia do palco, Roberto Spada - diretor da WorldSkills America - me mandou parar. Ali vi que ia ganhar de novo", lembra.
De volta ao Rio Grande do Norte após ser premiado, Rafael pretende concluir o curso técnico de Mecânica Industrial e cursar Engenharia Civil em Mossoró. A graduação será paga pelo Senai como prêmio pela participação do jovem na WorldSkills Internacional, na Alemanha, em 2013.
"De acordo com meu trabalho era para ganhar como soldador. Depois fui chamado como 'Best Of Nation', o melhor do Brasil. Quando descia do palco, Roberto Spada - diretor da WorldSkills America - me mandou parar. Ali vi que ia ganhar de novo", lembra.
De volta ao Rio Grande do Norte após ser premiado, Rafael pretende concluir o curso técnico de Mecânica Industrial e cursar Engenharia Civil em Mossoró. A graduação será paga pelo Senai como prêmio pela participação do jovem na WorldSkills Internacional, na Alemanha, em 2013.
Família orgulhosa
Rafael
é recepcionado por direção do Senai no
aeroporto Augusto Severo (Foto: Felipe Gibson/G1) |
Dona de casa, Maria Alcilene Morais Pereira, de 47 anos, já se acostumou com os
filhos ganhando prêmios nacionais e internacionais. Depois do filho mais velho,
de 26 anos, foi a vez de Rafael voltar premiado para casa. "O mais novo,
de 15 anos, já falou que vai seguir o caminho dos irmãos. Está prometido",
brinca.
Alcilene vai com o marido ao Senai para recepcionar o filho e depois promete uma reunião familiar para comemorar a conquista. "É muita felicidade. O irmão já havia passado por todas essas fases e ecompanhamos tudo aqui em casa. Estava muto confinante, tudo que ele faz é assim", afirma a dona de casa, para quem a dedicação dos filhos foi o diferencial para superar as limitações financeiras da família.
"Todos estudaram em escola pública. E sabem como é a violência hoje em dia, muitos não conseguem escapar dela. Para mim educação é o caminho", conclui.
Alcilene vai com o marido ao Senai para recepcionar o filho e depois promete uma reunião familiar para comemorar a conquista. "É muita felicidade. O irmão já havia passado por todas essas fases e ecompanhamos tudo aqui em casa. Estava muto confinante, tudo que ele faz é assim", afirma a dona de casa, para quem a dedicação dos filhos foi o diferencial para superar as limitações financeiras da família.
"Todos estudaram em escola pública. E sabem como é a violência hoje em dia, muitos não conseguem escapar dela. Para mim educação é o caminho", conclui.
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