sábado, 6 de abril de 2013

ESTUDO LIGA CALVÍCIE A PROBLEMAS DO CORAÇÃO


A pesquisa, que analisou 37 mil homens, sugere que os calvos tem 32% mais probabilidade de desenvolver males do coração. O estudo foi divulgado na publicação online britânica BMJ Open.

Apesar de terem concluído que há uma relação entre a escassez de cabelos e doenças coronárias, os pesquisadores ponderam que o risco desses males é maior em fumantes e obesos.

"Nós encontramos um elo (entre calvície e problemas do coração), mas ele não é tão forte quanto outros, como fumo, altos níveis de colesterol, pressão alta e obesidade", afirmou à BBC o pesquisador Tomohide Yamada, da Universidade de Tóquio.

A mudança da estrutura capilar é uma realidade para muitos homens. Grande parte fica com o cabelo mais ralo aos 50 anos e, aos 70, cerca de 80% sofrem de alguma perda capilar.

No entanto, o estudo sugere que homens com "entradas" não correriam mais riscos de desenvolver as doenças.



Vida saudável
Yamada enfatizou que homens jovens com perda de cabelo no topo da cabeça deveriam levar um estilo de vida saudável, mas descartou que eles devem ser examinados apenas para tentar identificar problemas cardíacos.

Os pesquisadores afirmam que não há uma explicação clara para os resultados do estudo, acrescentando que entre as possíveis causas estariam aumento da sensibilidade aos hormônios masculinos, resistência à insulina e inflamação dos vasos sanguíneos.

A enfermeira-cardiologista Doireann Maddock, da British Heart Foundation, disse que apesar de os resultados serem interessantes, homens que perdem cabelos "não devem ficar assustados" com a conclusão da pesquisa.

"Outros estudos ainda devem ser feitos para confirmar a ligação entre calvície e problemas cardíacos. Por enquanto, é mais importante prestar atenção na circunferência (barriga) do que na perda capilar".

Ela acrescenta: "perda de cabelo hereditária pode estar fora do seu controle, mas muitos outros fatores de risco para doenças coronárias não estão. Parar de fumar, manter um peso saudável e ser o mais ativo possível são coisas que podem ser feitas para proteger seu coração".


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