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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A CULTURA DO BRECHÓ ESTÁ NA MODA



Uma peça diferente, bonita, cheia de personalidade e com um precinho amigo. Conheça o conceito de brechó que vem caindo no gosto do soteropolitano

A ideia de dar novos destinos àquela peça que já não lhe serve tem outros nomes e uma tradição forte fora do país – mercados das pulgas são os queridinhos das alemãs enquanto as americanas curtem mesmo uma boa loja de garagem. Em Salvador, os brechós estão cada vez mais populares e conquistam a clientela a partir de diferentes apelos.

“A procura aumenta porque a mentalidade do público baiano está mudando”, diz o empresário Carlitos Brasil que há sete anos é dono de um charmoso brechó no bairro do Rio Vermelho, o Sarastro Café. Carlitos acredita que o aumento da procura por brechós está intimamente ligado a um amadurecimento no que diz respeito à responsabilidade social, tudo isso acelerado pelas crises econômicas e de recursos naturais. O jovem colocaria na balança: de um lado a nova roupa da estação e de outro o impacto na natureza e no bolso – o que pesa mais?

Pensando por esse viés, a estudante Lara Dias, 20, já não se importa em adquirir roupas usadas e diz que o importante é saber garimpar. “Sempre encontro roupas legais e em bom estado. Roupas antigas que eu posso misturar com o guarda-roupa e criar um look diferente”, destaca. É essa mesma procura pelo look perfeito que leva o também estudante Kinthino Andrade a uma verdadeira peregrinação pelos brechós no centro da cidade. “Eu procuro por peças que não vou encontrar num shopping. É a ideia do vintage, de uma roupa com personalidade e de um preço bem inferior ao do mercado”.

Atire a primeira pedra – A advogada Édille Ribeiro, 22, ainda não se rendeu aos encantos de um bom brechó, mas se diz convencida de que essa é, sim, uma boa opção ao consumo desenfreado. Édille se ressente apenas de uma vulgarização do conceito. “O bacana é encontrar peças interessantes, mas isso se perde no momento em que as pessoas pensam que lojas como essas funcionam apenas para escoar as roupas que já não servem pra ninguém ou o guarda-roupa daquele parente falecido”.

Pensando fora da vitrine – A mudança na mentalidade que Carlitos Brasil chama atenção no início da matéria, fica mais clara nas motivações da estudante de Biologia Juliana Santana, 21, que enxerga o brechó como “uma cultura de resistência”. A estudante – que encontrou no brechó uns óculos que teriam pertencido à atriz Brigitte Bardot – afirma que se sente atraída pela ideia de encontrar coisas diferentes da tendência da estação, mas que o que realmente a conquista é a personalidade de cada peça e a responsabilidade pelo social. “Eu acho interessante a reutilização: o que não te serve mais pode servir para outra pessoa. E assim você deixa de retroinvestir nas indústrias têxtil e de montagens de peças, que estão entre as que mais poluem e escravizam ainda hoje”.



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