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Luiz Menezes de Miranda |
Hoje
acordei melancólico e triste por um capítulo que o destino escreveu no meu
livro.
Pensei em sair à rua em busca de algum
resquício de uma alegria que ainda pudesse existir, pensei em vivê-lo
intensamente essa que ainda alienava-se da minha felicidade.
Pensei na poesia e ela me respondeu que no
vazio da minha melancolia ainda cabia muitas coisas, comuns, mas são esses
comuns que conseguem penetrar esses vazios. O comum do sorriso, do abraço, da
brisa constante, das trocas de olhares, dos lápis entre os dedos que conseguem
compor a mais bela poética, sugando todas nossa inspiração sem que a gente
perceba; é um poema a cada segundo.
Vou indo sem que o trânsito sinta essa minha
passagem, também ele na sua cruel lida nem percebe que eu passo com a minha
poética, alienada ao vai e vem dessas suas cruéis horas.
O lápis continua à risca, escrevendo mais um capitulo
outros versos e mais uma vez um poema surge a cada segundo fazendo com que
nesses vazios possamos encontrar no meu, no seu e em todos os nossos poemas uma
mão amiga estendida.
A porta vai continuar aberta, sem trinco ou
tramela, não importa a melancolia, a poesia sempre tem passagem por mais árduo
que seja o destino. Aqui não cabe a impaciência porque nossos vazios sempre vão
estar cheios de esperanças.
O comum que nos torna poetas, as simples palavras que por mais que tentemos camulfar elas penetram em nosso ser... Este universo das letras, de tudo que nos circula, é a beleza estrema, que faz de todo o nosso vazio a esperança humana. Belo texto!
ResponderExcluirValeu Lú, sei que essa bela caminhada, agora é a sua praia! Parabéns pelos seus poemas e escritos diversos.Do seu primo-irmão e amigo. Saúde e paz!
ResponderExcluirForte abraço,
Nei M. Menezes