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Nádia Ventura |
Mãe, eterna esperança de acalanto,
Que o filho embora envelhecido,
Já por todos esquecido
E de amargura recolhido
Nunca deixa de sonhar
Mãe, de pele enrugada ou lisa.
Vestida de seda ou de brisa,
Completamente absorta e envolvida
Com o filho a quem a vida vai dar.
Mãe, a quem um dia
Em meio à vida vazia
Ou quem sabe em certa euforia,
Num determinado instante
Hei de envolver-me em tal silêncio,
Buscando o exato momento,
De uma doce voz num acalanto
Que o tempo esqueceu-se de apagar.
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