A OAB SP irá promover uma festa democrática
no dia 5 de agosto, às 14 horas, quando receberá oficialmente o prédio da 2ª.
Auditoria Militar, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 1249 - considerado um
dos símbolos da repressão política - que será transformado no Memorial da Luta
pela Justiça – Advogados Brasileiros contra a Ditadura.
O projeto de ocupação do prédio sediará
a Comissão da Verdade da OAB SP e o Núcleo de Preservação da Memória. A
iniciativa tem apoio da Comissão da Verdade Estadual Rubens Paiva, da Comissão
da Verdade Municipal Vladmir Herzog, do Centro Acadêmico XI de Agosto e
do Ministério Público Federal.
O imóvel que pertence à Superintendência de
Patrimônio da União será destinado à OAB SP por contrato de cessão por 20 anos,
renováveis pelo mesmo período. O projeto de ocupação da antiga sede
da auditoria militar – onde foram julgados a presidente Dilma
Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outras
personalidades públicas - prevê a manutenção dos espaços originais - inclusive
a mesma entrada por onde ingressavam os presos - e criar áreas de convivência,
preservação, pesquisa, exposições e debates. O projeto vai dar “ênfase à
atuação da OAB SP e dos movimentos políticos que marcaram as estratégias de
resistência às arbitrariedades e a construção dos caminhos da
redemocratização”.
O presidente da OAB SP, Marcos da Costa,
ressalta que o Memorial preencherá um vazio na história, que foi a atuação
decisiva dos advogados em defesa dos presos políticos e da retomada da
democracia no País: “Essa parte importante da história brasileira e da luta
contra o arbítrio ainda não foi contada. O trabalho dos advogados na defesa de
presos políticos e de sindicalistas foi realizado, muitas vezes, com o
risco da própria vida. O prédio da Auditoria Militar é simbólico porque dentro
dele se travou um enfrentamento memorável pelo Estado de Direito”.
Para o presidente da Comissão da Verdade da
OAB SP e ex-presidente da OAB, Mário Sérgio Duarte Garcia, o “ recebimento do
prédio [da 2ª Auditoria Militar] é um marco importante, porque vamos ter a
oportunidade, de reformando o prédio com suas estruturas, manter a memória do
que ali aconteceu e as dificuldades por que passaram os advogados, mas que
resistentemente batalharam pela defesa dos presos e contra o poder
ditatorial”.
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