Prepare-se para quebrar o paradigma de que
parir é sofrer. Pela primeira vez numa revista feminina brasileira, a relação
entre maternidade e sexualidade – sem tabus
Kalu Brum tem 29 anos e é mãe de Miguel,
nascido há dois de forma natural. Ninguém melhor do que ela para descrever o
parto: “Lembro da sensação quente, do escorregar daquele pequeno corpo pelas
minhas entranhas. Eu estava ali, nua, fêmea, selvagem, desfrutando do prazer
mais intenso que já vivi. Um longo orgasmo selou sua passagem para esta vida,
quebrando com o paradigma de que nascer é sofrer”.
Gozar no parto, como assim? Qualquer menina
com mais de 15 anos sabe a resposta sobre “a pior dor que existe”: “A do parto,
claro!”. Mas, para as mulheres que passaram por uma experiência de parto natural,
há uma opinião unânime: é possível sentir as contrações com prazer. Isso porque
a mulher, assim como cada fêmea do reino animal, possui um sistema reprodutivo
perfeitamente organizado para a manutenção da espécie, garantindo que gestar e
parir sejam experiências seguras – e até prazerosas.
Num parto normal, livre de intervenções médicas, o organismo se encarrega de produzir os próprios analgésicos. Tudo bem, isso você já sabe, já viu no Discovery Home and Health, já leu no blog de uma amiga natureba.
Num parto normal, livre de intervenções médicas, o organismo se encarrega de produzir os próprios analgésicos. Tudo bem, isso você já sabe, já viu no Discovery Home and Health, já leu no blog de uma amiga natureba.
Provavelmente, porém, você desconhece
mulheres que relatam verdadeiros orgasmos durante o parto. “É lógico que a
mulher pode ter uma experiência prazerosa e estimulante ao parir. Nem todo
parto resulta num orgasmo, mas se tudo ocorrer de forma equilibrada, e a mulher
não fizer uso de analgesia, é perfeitamente possível que ela tenha um momento
de grande prazer, principalmente na hora da expulsão do bebê”, afirma Carlos
Czeresnia, ginecologista obstetra que acompanha partos há 35 anos e que, entre
outras coisas, foi chefe do setor de ginecologia do Pronto Socorro do Hospital
das Clínicas/FMUSP e é especialista em reprodução humana. “Os movimentos de
distensão e contração do períneo no momento em que o bebê vai sair são muito
semelhantes à sensação do orgasmo. E o cérebro interpreta esses estímulos
neurais com respostas de prazer. O parto e o orgasmo percorrem o mesmo caminho
neurológico”, completa.
Veja mateira completa:
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