sábado, 1 de fevereiro de 2014

PREFEITURA PAGA DESPESA PARA COVEIRO DEIXAR DE MORAR EM CEMITÉRIO NA BA

Foto: Alex Gonçalves/ Bahia Dia a Dia)

Família morava junto com funcionário no único cemitério da cidade.
Secretaria diz que órgão pagou R$ 100 para quitar contas atrasadas.


A Secretaria de Assistência Social do município de Itabela precisou pagar uma despesa de R$ 100 para que um coveiro, juntamente com a esposa e uma filha de 4 anos, se retirassem de um cemitério, onde estavam morando há 9 dias. As informações foram confirmadas nesta quinta-feira (30) por Maria Pena, Secretária de Assistência Social do município.

A secretária disse ao G1, que soube que eles estavam morando no local na quarta-feira (29). "Estive lá e verifiquei que o coveiro estava morando no cemitério com a família, porque foram despejados da casa onde moravam anteriormente por falta de pagamento do aluguel". O G1 entrou em contato com o coveiro, mas ele não foi encontrado para comentar o assunto.

Maria Pena disse também que uma pessoa da família cedeu uma casa para que eles fossem morar, na condição do pagamento de contas atrasadas. A secretaria quitou o valor.

" A prima da esposa dele disse que eles poderiam morar em uma casa dela, na condição de pagar uma conta de água e uma outra de luz atrasada, no valor total de R$100 e nós demos este dinheiro para que a família se mudasse no mesmo dia", contou.

Ainda segundo a secretária, o coveiro é funcionário da prefeitura e não estava sabendo da gravidade do problema em expor a família morando em um cemitério. "A filha dele estava com problemas de saúde e a mulher tem problemas com alcoolismo", explica a secretária.

Thalita Maciel de Moura, que trabalha como Assistente Social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município, disse que está prestando assistência à família.

"Eles não estavam conseguindo efetuar o pagamento do aluguel. Todo apoio está sendo prestado por nós", concluiu.

De acordo com a Assistente Social, a família será encaminhada para o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para serem realizados tratamentos psicológicos e a filha será conduzida para uma creche do município. O coveiro se mudou na tarde de quinta-feira (29) para a casa cedida pela prima da esposa.



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