sábado, 1 de fevereiro de 2014

FIDELIDADE FEMININA ESTÁ RELACIONADA COM TAMANHO DOS TESTÍCULOS, DIZ ESTUDO



Pesquisador encontra indícios de que, entre os animais, a infidelidade está ligada aos órgãos. Mas, será que isso também é válido para os humanos?!

O pesquisador Petter Bøckman e seus colegas da Universidade de Oslo, na Noruega, acabam de publicar suas descobertas científicas na última edição da revista Apollon. O especialista também ajudou a preparar a exibição Sexus, que celebra o bicentenário do Museu de História Natural da cidade.

Uma das principais descobertas feitas pelos pesquisadores é que a infidelidade feminina está diretamente relacionada com o tamanho dos testículos dos machos. Para chegar a essa conclusão, os especialistas analisaram o comportamento e a anatomia de diferentes primatas e algumas outras espécies de animais.

“Podemos determinar o nível de infidelidade de uma fêmea ao olhar o tamanho dos testículos do macho. Quanto mais infiel é a fêmea, maiores são os testículos do macho”, explica Bøckman.

Uma questão de sobrevivência

Fica fácil entender essa relação quando pensamos em como a vida funciona na natureza. Se o mais comum em determinada espécie é que um macho tenha uma única fêmea e não precise competir com outros machos, ele só precisa ter certeza de que será capaz de fertilizar essa fêmea.

Agora, quando as fêmeas cruzam com outros animais, é necessário garantir a maior quantidade de esperma possível para aumentar as chances de reprodução. Para isso, consequentemente, o macho precisa ter testículos maiores.

“Os bonobos têm testículos especialmente grandes. Eles cruzam com todo mundo. (...) Aqueles que deixam a maior quantidade de esperma têm maiores chances de serem os pais da ninhada. Já em bandos de gorilas existe um único macho. Mesmo que o gorila tenha um pequeno harém, ele não precisa de testículos grandes”, comenta o pesquisador.

Além dos primatas, Petter Bøckman explica que o mesmo fenômeno pode ser observado em outras espécies: “Animais que têm uma vida muito curta podem ter testículos enormes. Em uma espécie de gafanhoto, os testículos ocupam metade da massa corporal”. O pesquisador também cita os ouriços-do-mar, que possuem um órgão proporcionalmente grande para o seu tamanho porque precisam liberar seu esperma na água na tentativa de fertilizar os ovos.

Mas, e os humanos?
Depois de analisar de perto o comportamento de diferentes espécies de primatas, é natural que o pesquisador busque relacionar suas descobertas com os humanos. Para isso, é importante saber que os testículos dos homens são 1,5 vezes maiores do que os gorilas. Esse número nos mostra que os machos da nossa espécie apresentam órgãos relativamente grandes.

A partir daí, o pesquisador deu a seguinte declaração: “Isso mostra claramente como é a vida no nosso grupo. Podemos jurar fidelidade, mas essa é uma evidência de que nossas fêmeas estão traindo. Não somos como os chimpanzés, em que as fêmeas têm quatro ou cinco parceiros a cada período fértil, mas sempre existe uma probabilidade de que um outro macho tenha passado por ali”.

Ao analisar o estudo, Shereen Dindar, do site Shine On, ressalta que os motivos que levam as fêmeas dos primatas a trair certamente são muito diferentes dos possíveis motivos que levariam uma mulher a trair. Além disso, podemos concluir que se os testículos maiores têm como principal finalidade aumentar as chances de reprodução, isso também é um indício de que homens com órgãos grandes têm uma maior tendência à infidelidade.




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