O programador Rowan Laurence, de 32
anos, não esperava causar tanto alvoroço quando publicou uma foto na rede
Instagram, muito menos que ela ajudasse a resolver um caso de polícia.
Laurence estranhou um homem que
caminhava na rua do distrito de Bethnal Green, na parte leste de Londres,
carregando um grande crucifixo de madeira nas costas e registrou o fato
inusitado.
"Jesus vive", ele escreveu
junto à imagem, que poderia facilmente passar despercebida em meio às milhões
de fotografias publicadas diariamente nas redes sociais.
Duas horas depois, a paróquia da
igreja de St. Mathew, no mesmo distrito, estava em polvorosa. O crucifixo de
seu altar havia desaparecido.
O artefato havia sido instalado
depois que a igreja do século 18 foi bombardeada em 1940, durante a Segunda
Guerra Mundial. Não havia vestígios de que outros itens tivessem sido levados.
Pedido de ajuda.
O reverendo Kevin Scully decidiu
pedir ajuda por e-mail aos membros da paróquia em busca de pistas do furto.
Logo, um blogueiro enviou para ele o link da foto do ladrão no Instagram.
"É o nosso crucifixo",
falou Scully ao ver a imagem. "Trata-se de um objeto bem particular.
Fiquei impressionado e aflito ao mesmo tempo."
Scully levou uma cópia da foto à
delegacia mais próxima, mas não houve tempo hábil para prender o suspeito.
A essa altura, a foto já havia sido
republicada centenas de milhares de vezes no Twitter, junto com um pedido de
ajuda para encontrar o ladrão, e foi vista por muitas pessoas, entre elas o
próprio autor do furto.
Na manhã seguinte ao roubo, um táxi
parou em frente à igreja. De dentro, saiu um homem carregando um grande
embrulho. Era o homem da foto viral do Twitter.
"Ele chorava, dizia várias
vezes estar arrependido, pedia desculpas e afirmava que entenderia se nós
chamássemos a polícia", contou Scully.
"Ele disse que estava sentado
na igreja há algum tempo, sentindo muita raiva, e que, por impulso, a tirou da
parede, esperando que alguém interviesse, mas ninguém fez isso."
O próprio homem pendurou o artefato
de volta em seu lugar. Agora, o crucifixo está guardado em uma sala trancada
até que o conselho da igreja decida quais medidas de segurança serão tomadas.
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