Polícia Ambiental disse que apenas cumpriu determinação da Justiça.
Dona do animal passou mal e teve que ser levada ao pronto-socorro.
O macaco-prego Chico, que há 37 anos
vivia com uma família de
São Carlos (SP), foi retirado do local, na manhã deste sábado (3), pela Polícia
Militar Ambiental após denúncia. O animal se agarrou ao pescoço da dona e
ofereceu resistência ao ser levado da casa. Elizete Farias Carmona, de 71 anos,
que o tratava como filho, passou mal e teve que ser levada ao pronto-socorro.
De acordo com Fernando Magnani, biólogo deSão Carlos e vice-presidente da Sociedade de
Zoológicos e Aquários do Brasil, o macaco pode oferecer resistência para se
adaptar após tanto tempo domesticado.
“A reintegração de primatas é possível se houver
acompanhamento técnico específico e investimento. E se for apresentado a um
grupo como o seu, o sofrimento pode ser reduzido, mas se não conseguir se
reintegrar, ele pode sofrer muito”, explicou.
Segundo o tenente da Polícia Militar Ambiental Leandro
José Oliveira, que acompanhou a retirada do macaco, em março foi dada uma
licença provisória para que Chico ficasse com Elizete até que fosse encontrado
um lugar adequado para ele, o que aconteceu agora.
Ainda segundo o policial, como a idosa não tem documentos
que comprovem o direito de manter o macaco, não haveria como ficar com Chico. A
dona de casa foi advertida e vai responder pelo crime de manutenção de animal
silvestre em cativeiro. Chico foi levado para a sede da Associação de Proteção
aos Animais (APA), em Assis, que fica a 330 quilômetros de São Carlos.
A reportagem do G1 não encontrou nenhum representante da
APA de Assis para comentar o trabalho de readaptação.
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