O buraco está se estabilizando no Polo Sul,
porém somente com os permanentes esforços das autoridades ele se tornará igual
ao que foi décadas atrás
De acordo com pesquisas feitas por cientistas
da NASA, o buraco na camada de ozônio (que protege o planeta dos raios
ultravioletas emitidos pelo Sol) está se estabilizando gradualmente no Polo
Sul, porém só deverá voltar ao seu formato original em 2070 – e isso se as
atitudes sustentáveis forem mantidas para permitir tal avanço. Duas décadas
após o Protocolo de Montreal, o tratado internacional que proibiu o uso de
clorofluorcarbonos (os CFCs) e outros componentes que destroem a camada de
ozônio, um avanço significativo pôde ser percebido.
Os cientistas do Centro de Voos Espaciais
Goddard apresentaram os dados nos últimos dias em um encontro de geofísicos em
São Francisco. Segundo eles, o grau de cloro está diminuindo na atmosfera
graças ao acordo de 1987, porém não o suficiente para gerar o efeito desejável
de encolhimento no gigantesco buraco que está localizado na Antártida.
Felizmente, isso não quer dizer que o buraco está aumentando; ele se encontra
somente estável.
Contudo, não há o que se celebrar no momento
(eles dizem que é muito cedo para qualquer tipo de comemoração). Por enquanto,
as variações anuais dos ventos e dos climas ainda são responsáveis por levar o
ozônio dos trópicos aos polos. Em 2006, o buraco cresceu muito mais do que o
esperado, alarmando especialistas do mundo todo. Entretanto, ele encolheu
levemente nos anos seguintes, porém ainda se demonstrou muito instável. Só hoje
que ele realmente parece estar mais estabilizado.
Mesmo assim, nas próximas duas décadas, o
tamanho do buraco ainda pode variar bastante. Somente de 2015 a 2030 é que a
tentativa de eliminação das substâncias que destroem o ozônio deve ser mais
perceptível – e se tudo ocorrer como o planejado, só em 2070 que a camada
estará inteiramente recuperada.
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