Testes ainda não foram realizados em seres
humanos, porém os pesquisadores se mantêm otimistas
Pode parecer estranho afirmar isso com todo o
conhecimento que possuímos hoje em relação ao corpo humano, porém quando se
trata de pequenas porções do sistema cardiovascular existem alguns aspectos que
não estão tão claros assim – literalmente falando. As veias do coração são
difíceis de ser localizadas e somente um experimento recente com metal líquido
pelo coração foi capaz de identificar todas elas.
Enquanto radiografias e outros tipos de
registros de imagens biológicas representam um grande avanço médico, pouco pôde
ser decodificado da anatomia do próprio coração em funcionamento no passar das
décadas. Felizmente, isso mudou. Um dos métodos mais comuns de preenchimento é
contraste por líquidos (com iodo), quando o paciente ingere o líquido e realiza
exames específicos de raio X posteriormente. Contudo, o iodo pode se mostrar
muito fraco em determinadas situações.
Esse quadro mudou com os pesquisadores da
Universidade Tsinghua, em Beijing, na China. Para resolver o problema do
contraste temporário e fraco, os médicos aplicaram uma solução de gálio, um
metal relativamente estável que derrete ao atingir a temperatura aproximada de
30°C. Em outras palavras isso quer dizer que não há problemas se o líquido
percorrer as veias menores do coração.
Como você pode conferir nas imagens, as veias
do coração com gálio (esquerda) ficaram muito mais visíveis do que no com iodo
(direita) – ambos os testes foram realizados em porcos. Para se ter noção, a
técnica com o gálio foi capaz de exibir veias com 0,7 milímetros de diâmetro. O
próximo passo é realizar os testes em seres humanos; os pesquisadores estão
bastante otimistas com os possíveis resultados.
Contudo, não há 100% de certeza de que o
gálio seja um metal completamente sem toxinas para nós, o que pode gerar alguns
problemas nos testes. Segundo os médicos, pequenas porções de gálio podem ser
aplicadas no coração e ser rapidamente retiradas, sem deixar resíduos. Que tal
ser cobaia do experimento?
Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo
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