Edmundo Ferreira
Para muitos, viver o
Natal é reunir à família em volta de uma mesa farta, comer e beber muito e
trocar presentes. Celebrar a vida.
Não faltarão àqueles,
que se sentirão acanhados por não poder ter ido às compras e assim, como
maioria, ficar na moda, ser xique, ficar de boa.
Afinal, “todo universo
conspira para que tenhamos atitudes diferentes”, é NATAL!
As velhas tradições
cedem a cada ano, às novas tendências cibernéticas, assim desta forma, o
presépio, a árvore de natal (feita ecologicamente com galhos de árvores), já
não têm mais espaço dentro de nossos lares.
Nossas crianças, jamais
saberão da história do Nascimento de Jesus Cristo na manjedoura, como outrora contada
por nossos avôs. Hoje, os tabletes, nets books e smartphones de últimas
gerações fazem milagres e a alegria dos filhos e dos pais, assim, os
sofrimentos de José e de Maria ficaram obsoletos, perderam a graça.
A figura de Papai Noel
badala no aparelho que liga nossas vidas ao universo (TV) há cerca de dois
meses. Turbilhão de ofertas, associadas à figura do bom velhinho invade nossos
sentidos 24 horas por dia, todos os dias, através de um processo de marketing
massifista que muitas vezes não damos conta que o essencial, sequer, passa por
nossa mente até que percebemos que chegou o grande dia. É Natal!
Se não nos dermos
contas que esses “Papais-Noéis”, não representam nem de longe o Natal Cristão,
correremos o risco de ver sucumbido todo o esforço do nosso avô, da nossa avó,
que por suas vezes, herdaram de seus antepassados, o legado de nos transmitir o
significado do verdadeiro Natal, aquele que representa o Nascimento do Menino
Jesus.
Talvez, a história se encarregue de insistir em
nos lembrar que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado
Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. Ele costumava ajudar pessoas carentes
por ter um coração nobre, deixando uma pequena quantia em moedas próximo as
suas casas, perto da chaminé.
Tantos foram os seus milagres que foi
canonizado. Virou Santo!
Atualmente, a figura do Papai-Noel está presente
na vida das crianças de todo mundo, principalmente durante as festas
natalinas. Sua casa fica no Polo Norte e, com seu trenó, puxado por renas, traz
a “alegria para as famílias durante as festas natalinas”. É o bom velhinho de
barbas brancas e roupa vermelha, cinto preto que, na véspera do Natal, traz
presentes para as crianças que foram “boazinhas” e se comportaram bem durante todo
ano.
Tudo isso é maravilhoso, se não se quisesse
apenas despertar em cada ser, o pecado da luxuria, o consumismo desenfreado.
Sem responsabilidade, sem preocupação com a natureza e o meio ambiente, sem se
preocupar com o próximo. Lembrem-se de São Nicolau?
Natal é tempo de paz e amor entre os homens de
boa vontade, Natal é esperança, nascimento, vida nova, o anuncio da chegada do
Salvador. É fé, é luz e harmonia, é esperança que se renova e tem a capacidade
de transformar todo aquele que acredita que Jesus Cristo é o Senhor. Feliz
Natal. Assim seja!
Perdemos um pouco do significado, mas cabe aos pais passar adiante a tradição, e a cada um, conservar a magia. Feliz natal!
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