Segundo um
novo estudo (totalmente desprovido de ironia) da Universidade da Carolina do
Norte em Chapel Hill (EUA), cerca de 1% das jovens mulheres americanas dizem
ter engravidado como virgens.
Tais
alegações cientificamente impossíveis mostram que os pesquisadores devem ter
cuidado ao interpretar o comportamento autorrelatado. Muitos estudos dependem
ou se baseiam no que os participantes falam sobre o que aconteceu com eles, e
memória falível, crenças e desejos podem levar as pessoas a passar informações
erradas.
Ao
entrevistar 7.870 mulheres com idades entre 15 a 28 anos, os cientistas
descobriram que 45 das 5.340 gravidezes neste grupo (0,8%) ocorreram em
mulheres que relataram ter concebido a criança sem a ajuda de um homem. O
número não inclui gravidezes resultantes de fertilização in vitro ou outra
tecnologia de reprodução assistida.
As mulheres
que participaram do estudo foram acompanhadas durante 14 anos. Elas entraram na
pesquisa quando tinham 12 a 18 anos de idade, nos anos de 1994 e 95, e foram
entrevistadas periodicamente sobre sua saúde e comportamento, incluindo através
do computador, como uma forma de incentivá-las a ser sinceras ao responder
perguntas sobre seu histórico sexual.
As 45
mulheres que disseram engravidar apesar de se declararem virgens diferiram em
diversos aspectos das meninas que reconheceram que homens tiveram um papel na
sua procriação.
Das que
disseram que engravidaram virgens, 31% também disseram que tinham assinado
promessas de castidade (contra 15% das que engravidaram não virgens), em que
uma menina jura não ter relações sexuais até casar.
Elas também
foram mais propensas a dizer que seus pais nunca ou raramente falavam sobre
sexo e controle de natalidade com elas. Cerca de 28% dos pais das “mães
virgens”, que também foram entrevistados, indicaram que não tinham conhecimento
suficiente para discutir sexo e contracepção com suas filhas, em comparação com
5% dos pais de meninas que engravidaram e disseram que tinham tiveram relações sexuais.
As mães que
se diziam castas também foram menos propensas a saber como usar preservativos.
Os pesquisadores
concluíram que, embora as mães em questão eram mais propensas a ter meninos do
que meninas, e a estar grávida durante as semanas que antecedem o Natal,
nenhuma similaridade com a Virgem Maria foi estatisticamente significativa.
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