sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

MAS AFINAL, HAVERÁ PROTESTOS NA COPA?



Na reta final para a Copa 2014 no Brasil, uma incógnita ainda parece preocupar tanto turistas quanto autoridades, organizadores e até patrocinadores: a onda de protestos que varreu o país desde junho vai se repetir?

Autoridades brasileiras e a Fifa têm avaliações diferentes sobre a possibilidade de que os protestos, que reuniram mais de um milhão de pessoas neste ano e colocaram em dúvida a realização da Copa das Confederações, venham a se repetir.

O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, pediu à população brasileira que apóie a organização do mundial – diante do risco de descontentamento social com os gastos multimilionários necessários à realização do torneio.

"É um direito se manifestar", disse Valcke à BBC antes do sorteio da semana passada. "Para eles esse é o melhor momento (para protestar). Para mim, esse é o momento errado".

Membros do governo Dilma Rousseff dizem não saber o que ocorrerá nas ruas durante a Copa.

"Se teremos o mesmo tipo de protestos na Copa do Mundo? Nunca se sabe", disse à Reuters TV o secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luis Fernandes.

Porém, as autoridades planejam medidas especiais de segurança para tentar garantir a realização do torneio em meio a uma eventual revolta social – que analistas consideram bastante plausível.

"Existe um clima latente de insatisfação que vai gerar protestos. E a Copa do Mundo é um momento que suscitará protestos", disse à BBC Mundo Aldo Fornazieri, diretor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

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